Encerrada conferência que discutiu políticas públicas voltadas à mulher
A 5ª edição da Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, que reuniu cerca de 400 mulheres eleitas para representar os municípios paraenses, terminou nesta quinta-feira (17), em Belém. Organizado pela Coordenadoria Estadual de Integração de Políticas para as Mulheres, vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o encontro discutiu as estratégias que poderão auxiliar na efetivação das políticas públicas de igualdade voltadas ao segmento em todo o Estado, além de apresentar, ao final, as 94 delegadas que vão representar o Pará na 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em março de 2016, em Brasília.
A coordenadora estadual de Integração de Políticas para Mulheres, Maria Trindade Tavares, celebrou as deliberações feitas no evento. “Conseguimos aprovar propostas que refletem a maturidade das mulheres paraenses na construção de políticas públicas. As demandas foram produtivas e de qualidade. Na oportunidade, conseguimos eleger as delegadas que representarão o Estado em março de 2016, em Brasilia, e também elegemos as oito entidades da sociedade civil que vão compor o novo Conselho Estadual de Mulheres no triênio 2016-2019”, informou.
Dentre as 94 delegadas eleitas está Solange Ramalho, 34 anos, representante do Conselho Municipal de Ananindeua e também da Associação Comunitária do Maguari – Maná de Deus. Para ela, representar o Pará em Brasília significa um grande passo na luta contra os índices de violência registrados na região Norte. “A representatividade do Pará na conferência nacional vai gerar a visibilidade de que precisamos. Cada Estado mostrará a sua realidade ao governo federal. Vamos arregaçar as mangas para reduzir os índices de violência e as discriminações que ainda sofremos em nosso município”, afirmou.
Consciência – Na abertura do evento, no dia 15, o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Michell Durans, falou sobre a importância de se abrir um espaço democrático como este para que as mulheres possam expor suas necessidades e conhecer seus direitos. “Quanto mais as mulheres tomarem conhecimento dos seus direitos, mais elas se fortalecerão e estarão aptas a combater todo tipo de violência, seja física, psicológica ou econômica”, orientou.
O secretário apontou os avanços do Governo do Estado nas políticas de proteção à mulher. “De 2012 a 2015 aumentou de cinco para 16 o número de Delegacias de Atendimento Especializado à Mulher. Também temos 16 pontos do Pro Paz Mulher, que é a personalização de um serviço integrado, em que a mulher recebe atendimento, é acompanhada por uma equipe multidisciplinar e posteriormente recebe o atendimento jurídico. Há também as ações de prevenção intensiva, como as campanhas de combate à violência contra a mulher e também as unidades móveis que visitam as mulheres do interior do Estado”, disse.
Segundo a representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Janaína Oliveira, “é necessário que sejam elaboradas políticas que se adequem às especificidades do Estado. A meta é que todas as mulheres brasileiras possam ter acesso aos mecanismos que garantam o direito de não ser violentada, o acesso à educação e a igualdade no trabalho, entre outros aspectos”, afirmou.