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SAÚDE MENTAL

22ª Semana dos Museus promove mesa-redonda em alusão à saúde mental e luta antimanicomial

O encontro ocorreu nesta quinta-feira (16), com participação de representantes do Conselho de Psicologia e do Movimento da Luta Antimanicomial

Por Lorena Saraiva (SECULT)
16/05/2024 17h53

Na tarde desta quinta-feira, 16, o Museu do Estado do Pará (MEP), promoveu a mesa-redonda “Arte, cultura e saúde mental”. O encontro fez parte da agenda da 22ª Semana dos Museus, e marcou a abertura da Semana de Arte e Loucura, uma ação em alusão à luta antimanicomial. 

A diretora do MEP, Tamyris Monteiro, foi a respons´vel pela mediação da mesa que teve a participação da presidente do Conselho Regional de Psicologia, Jureuda Guerra, e dos representantes do Movimento de Luta Antimanicomial, Ester Maria Oliveira de Souza e Antônio Sena.

“Trazer a luta antimanicomial para dentro do museu também é um reconhecimento da sociedade, do Governo do Estado com essa luta que é fundamental, que não prevê nenhuma forma de tratamento excludente, pelo contrário. As práticas manicomiais são comportamentos que precisam ser abolidos da sociedade. E o tratamento em liberdade é uma dessas alternativas, estar aqui no Museu do Estado podendo discutir saúde mental, cultura, arte, para nós é muito importante.” Afirma Jureuda Guerra. 

O Dia da Luta Antimanicomial, celebrado no sábado, 18 de maio, marca a defesa dos direitos das pessoas com sofrimento mental. Em especial, pelo combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental e reafirma que as pessoas têm o direito a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que renunciar a sua cidadania.

“A importância da arte, da cultura na saúde mental, a influência e o impacto positivo nas pessoas, muitas vezes isso é excluído dos dispositivos, e nós precisamos disso, da alegria, da brincadeira, para fazer com que a pessoa mostre a linguagem dela e protagonize a vida dela. Eu faço parte do MLA, que é um movimento de luta antimanicomial. Nós percebemos que hoje as condutas manicomiais estão mascaradas, mas nós sabemos que elas podem ser combatidas com a arte, a unificação e compreensão social.” Aponta Antônio Sena, que após sua fala fez uma breve apresentação musical. 

Ao final da mesa o público foi bastante participativo fazendo questionamentos e relatos pessoais e profissionais.

Texto: Juliana Amaral - Ascom Secult