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Estado encerra ciclo de encontros regionalizados temáticos do Pará 2050, em Abaetetuba

Foram realizados 12 eventos, compreendendo todas as Regiões de Integração do Estado

Por Bianca Buenaño (SEPLAD)
16/05/2024 14h20

O Pará 2050 é um ousado planejamento estadual, que busca alcançar um Estado sustentável, participativo e regionalizado. E nesta quinta-feira, 16, o Governo do Pará realizou o 12° Encontros Regionalizados Temáticos que tem a finalidade de ouvir as demandas e construir um diálogo aberto com a população paraense. Hoje, 16, o evento é realizado no município de Abaetetuba, região do Tocantins, o último encontro deste ciclo regional. 

"Tivemos uma participação bastante ativa da sociedade em todos os 12 encontros realizados, com representatividade social, dos setores produtivos e dos setores públicos municipais. O convite do Pará 2050 é construir um plano de Estado, que oriente as ações de todo o poder público em busca do desenvolvimento sustentável e do bem-estar social para a população. As contribuições e discussões foram riquíssimas e estamos agora revisando os resultados, fazendo ajustes técnicos na metodologia para apresentar um produto final, objetivo e embasado tecnicamente, mas também muito conectado à realidade de cada ponto do Estado que foi objeto desses encontros. Com contribuições plurais, o planejamento se torna rico, ouvindo as pessoas da localidade, e ouvindo diversos setores", destaca Socorro Castro, Diretora de Planejamento Estratégico da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad).

O principal objetivo do Pará 2050, ainda conforme Socorro Castro, "é fazer essa sinalização para que cada esfera de governo e as representações sociais possam se engajar na execução do que foi traçado". "A partir disto, os municípios agora passam a ter informações amplas e plurais para elaborar seus próximos PPAs, porque nós conseguimos, de alguma forma, trazer as informações, as expectativas e as realidades de cada ente que faz parte da sociedade para um só plano, que agora vai servir como norteador nesse caminho do desenvolvimento sustentável com vista ao bem-estar social", explicou. 

O evento segue até a sexta-feira, 17, e neste dois dias serão discutidas e definidas a visão de futuro e ações estratégicas que serão implementadas na região. Além de Abaetetuba, a Região de Integração Tocantins é composta pelos municípios de Acará, Baião, Barcarena, Cametá, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju, Tailândia, e compõem uma área de 31.989 km², com 856. 496 mil habitantes.

"Para nós, gestores municipais, esse momento é muito importante. A participação popular permite interagir com as informações, identificar fragilidades e áreas que precisam ser melhoradas. Então é fundamental que os municípios do Baixo Tocantins participem desse grande planejamento do Estado. A participação direta nos permite conhecer de perto as necessidades da população, para que assim, cada representante presente fortaleça a parceria e a união da nossa região", falou o prefeito do município de Mocajuba, Cosme Pereira. 

Por todo o Pará - Foram realizados 12 eventos, compreendendo todas as RI do Estado, sendo elas, Guajará, Guamá, Rio Caeté, Rio Capim, Baixo Amazonas, Araguaia, Lago de Tucuruí, Carajás, Marajó, Xingu, Tapajós e por último Tocantins. 

"A importância deste evento para nós, dos municípios do Baixo Tocantins, reside na diversidade representada aqui, tanto em termos de setores governamentais quanto da sociedade civil. É crucial reconhecer o papel significativo da sociedade civil, que busca atender às necessidades do nosso estado, das nossas regiões e dos nossos municípios", reforça Iacilda Freitas, Presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres.

Ainda de acordo com Iracilda, considerando o contexto de futuras ações em prol da população paraense, "é essencial que nossos conceitos e vontades estejam refletidos no plano, garantindo a efetivação das políticas públicas e dos direitos". "O objetivo deste momento é realizar essa efetivação e vislumbrar um futuro melhor. E para isso, precisamos pensar e construir o futuro, identificando as fraquezas e desafios atuais para alcançarmos a excelência na execução. E esse momento de escuta, pesquisa e avaliação é crucial para garantir a execução efetiva do plano", disse.  

Potencial - O Estado planeja investir significativamente em melhorias na infraestrutura física e social, incluindo Transportes, energia, comunicações, Educação, Saúde e Saneamento. No Turismo e Economia Criativa, será necessário realizar estudos de mercado e profissionalizar os operadores. Os sistemas logísticos multimodais podem contribuir para o desenvolvimento de estruturas de verticalização na produção agrícola e mineral.

"A nossa perspectiva, para este último encontro, é de que venham muitas pessoas da sociedade civil organizada, dos órgãos de saúde, educação, meio ambiente e demais órgãos para contribuir na construção do Plano Pará 2050. Essa região é muito diversa, então nós precisamos da contribuição de todos, de todos os municípios, que venham ajudar nessa construção coletiva para o desenvolvimento sustentável da região", contou Marinalva Cardoso, coordenadora de Estatística da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp).

A região possui um grande parque industrial voltado à transformação mineral, um complexo portuário para exportação de commodities minerais e agrícolas, atividades relacionadas à produção de açaí e turismo. Sua estrutura econômica está concentrada principalmente nos setores de comércio, serviços e indústria, com instituições públicas de ensino superior como UEPA, UFPA e IFPA, além da Incubadora do Baixo Tocantins.

Para promover o desenvolvimento, são necessários investimentos no setor industrial, sistema logístico e cadeia produtiva do açaí. O Distrito Industrial de Barcarena oferece oportunidades para a verticalização da indústria metalúrgica, enquanto investimentos em infraestrutura logística e energética estão previstos. O aumento da demanda pelo açaí impulsiona a produção extrativista e a implantação de unidades industriais. As cadeias produtivas da pesca artesanal e agro extrativismo também requerem incentivos financeiros e tecnológicos, além do fortalecimento da estrutura científica regional.

"As iniciativas do governo são fundamentais para se ter um novo horizonte, ter um novo olhar para os próximos anos. A minha visão quanto ao evento na região é que conseguimos colocar nossa voz em um planejamento que o Estado tem e apresentar também nossas vantagens, nossas forças e no caso, nossas fraquezas e encontrar com o Estado uma dinâmica onde o Pará possa crescer econômica e politicamente, dentro desse contexto social que vivemos na região”, contou Raimundo Brito, representante do COFRUTA, Cooperativa dos fruticultores de Abaetetuba. 

Os próximos passos do planejamento será o diagnóstico dos encontros com os eixos de atuação baseados em critérios técnicos e locais. Em seguida o planejamento avançará para a penúltima fase que envolverá a elaboração do caderno de projetos estratégicos, seguido pela conclusão do plano com a implantação do modelo de governança e gestão multissetorial.