Corpo de Bombeiros apresenta plano para içar o empurrador
Uma equipe do Corpo de Bombeiros/Defesa Civil Estadual se reuniu na manhã desta quarta feira (1º), na Capitania dos Portos, em Santarém, com representantes de outros órgãos públicos e das empresas Bertolini e Smit Salvage BV, do Grupo Boskalis, da Holanda, para informar as principais ações do Plano de Atuação Integrada, destinado a retirar do Rio Amazonas o empurrador CXX. O naufrágio, ocorrido próximo ao município de Óbidos, no oeste do Pará, foi provocado por uma colisão, no dia 2 de agosto deste ano, entre o empurrador e o navio mercante “Mercosul Santos”.
De acordo com o Plano, participarão da operação a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup); Marinha do Brasil; Corpo de Bombeiros Militar; Polícia Civil; Polícia Militar; Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec); Centro de Perícias Científicas Renato Chaves; Secretaria de Estado de Comunicação (Secom); Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster); Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp); Smit Salvage BV; Transportes Bertolini Ltda. e Mercosul Line.
O início das ações depende apenas da chegada da estrutura da empresa Smit, composta pelo guindaste flutuante Cábrea e outros equipamentos ao local da operação, que deverá ser realizada em 12 dias.
Etapas - O Plano de Atuação Integrada será desenvolvido em três etapas. A primeira inclui a chegada do guindaste flutuante e a realização da inspeção por sonar estacionário de alta definição, para saber o posicionamento do empurrador no Rio Amazonas, e, posteriormente, a instalação do sistema de fundeio (quadro de boias).
Na segunda etapa serão resgatados os corpos dos desaparecidos, com a participação do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, auxiliado pelo Corpo de Bombeiros. Só após o içamento, as equipes desses órgãos terão acesso ao empurrador. Nesta etapa, a operação de salvatagem e resgate será realizada pela empresa Smit, com lançamento da rede e içamento, utilizando garra hidráulica.
Quando o empurrador vier à tona e for devidamente posicionado na vertical, iniciarão as atividades da Marinha, Polícia Civil e Centro de Perícias Científicas, com os procedimentos investigatórios, periciais e inspeções navais.
Entre as atividades prioritárias da equipe do CPC está a remoção dos corpos das vítimas que ficaram presas no empurrador, com o auxílio do Corpo de Bombeiros. As duas equipes serão as primeiras a entrar no empurrador, para preservar o local e não comprometer as investigações e a perícia.
Celeridade - A terceira etapa é destinada ao transporte das vítimas, em uma embarcação específica, e desmobilização. Atendendo ao pedido das famílias, o Centro de Perícias vai acelerar a retirada e identificação prévia, para evitar a exposição das vítimas. Após esses procedimentos, os corpos serão transportados para a sede do Centro de Perícias em Santarém, onde há estrutura adequada para complementar os trabalhos, com a realização de autópsia, identificação e liberação para as famílias.
Segundo o tenente-coronel Luis Cláudio Rêgo, comandante do 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4º GBM), serão dois momentos essenciais toda a operação: a chegada dos equipamentos da empresa de resgate a Óbidos e o içamento do empurrador.
Após ser apreciado pelos representantes dos órgãos que atuarão na operação, o Plano será enviado pelo Comando do 4° GBM ao Comando Geral do Corpo de Bombeiros, e depois à Segup.