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Cenário das obras do BRT Metropolitano conta com a força, competência e sensibilidade das mulheres

Em ambiente profissional dominado pelos homens, elas conciliam as demandas profissionais da obra de grande porte com a convivência diária com os filhos

Por Thais Rezende (NGTM)
12/05/2024 16h54

Equipe de profissionais da área de Comunicação e Assistência Social da obraEm um ambiente majoritariamente masculino, a dedicação ao trabalho e o cuidado com suas equipes fazem das mães profissionais diferenciadas na obra de reestruturação da Rodovia BR-316, na Região Metropolitana de Belém. A obra de mobilidade urbana do Governo do Pará, executada pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), atualmente emprega 1.400 pessoas, em um momento de avanço no cronograma. 

Mãe de duas meninas, com 3 e 6 anos, a engenheira civil Joicy Oliveira é coordenadora de Planejamento da gerenciadora da obra do BRT, responsável pelas equipes de Comunicação Social, Planejamento, Medição, Meio Ambiente e Sistemas. Ela conta que a maternidade é um combustível para ajudá-la a cumprir todas as demandas do trabalho.Joicy Oliveira com as filhas: meninas são força e motivação

“Deixo elas na escola e sigo para o trabalho. Vou buscá-las na escola e almoço com elas. Prezo muito por esse momento da refeição, pois como tenho uma filha atípica foi muito importante no desenvolvimento dela. Volto à tarde para o trabalho, e depois tomo um ‘cafezinho’ com elas antes de sair para a faculdade de Direito à noite. Chego sempre atrasada na aula”, relata Joicy, que aprendeu a ver o mundo de outra forma após a maternidade. “Elas, certamente, são a minha maior força e motivação. Me sinto muito realizada enquanto mãe. Nunca imaginei que eu só seria completa com a vinda delas. No dia a dia, a gente vê que não é tão complicado. Elas trazem uma leveza, me mostram que não precisa de tanto para ser feliz”, completa.

Francinete e Enzo: patinação é atividade realizada nas horas de convivênciaEngenheira que trabalha no campo, fiscalizando a construção das pistas de concreto, Francinete Rocha é mãe do Enzo, 11 anos. Ela avalia que a rotina não é fácil, mas consegue manter o vínculo com o filho no dia a dia. “Fazemos muita coisa juntos. A gente patina, anda de perna de pau, passeia. Tudo que faço, procuro levar ele. Ele tem curiosidade sobre o meu trabalho; é muito inteligente! Pergunta como foi meu dia. A coisa mais maravilhosa é ter uma criança que se importa”, diz a engenheira, extravasando o orgulho de ser mãe do Enzo.

Mulheres na obra - Do total de empregados na obra do BRT, 8% são mulheres, um número ainda pequeno, mas representativo. A diretora-geral do NGTM, engenheira Leila Martins, tem quatro filhos. Liderança em um dos maiores projetos de mobilidade do Estado, ela valoriza a força de trabalho feminina.

“As mulheres carregam uma força natural e conseguem organizar sua rotina com a maternidade. Precisamos de mais mulheres, mais mães atuando nas obras, e onde elas quiserem. Ser mãe é sinônimo de força e liderança”, ressalta Leila Martins.

A equipe de Assistência Social da obra é composta por mulheres: duas assistentes sociais, que atuam na divulgação e assistência aos moradores, lojistas e à população do entorno da obra. O instinto materno de cuidado e afeto são essenciais para o atendimento às comunidades.

A assistente social Iris Barros, 42 anos, é uma das profissionais que atuam com as comunidades. Mãe de um casal de 18 e 23 anos, ela ressalta que “a carga horária é maior que os outros trabalhos que eu tive. Eles sentem um pouco, pois somos muito amigos, mas entendem e sabem que faz parte do meu dever profissional. A gente é um espelho, especialmente no ambiente de trabalho, que é uma obra, mas eles sentem muito orgulho”.