Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SOLIDARIEDADE

Governo do Pará envia água potável e equipe técnica de salvamento ao Rio Grande do Sul

Militares do Corpo de Bombeiros especializados em mergulho em águas turvas devem chegar à capital gaúcha na próxima terça-feira

Por Flávia Araújo (COSANPA)
09/05/2024 20h06

Governador Helder Barbalho, autoridades das forças de segurança e militares do Corpo de BombeirosDiante da urgente demanda por água potável e auxílio às buscas a vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, o governador Helder Barbalho anunciou nesta quinta-feira (09) o envio de 6 mil litros de água, produzida na Estação de Tratamento do Complexo Bolonha, da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), em Belém, além de nove militares, sendo sete especialistas em mergulho, do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Pará.

Botes e demais equipamentos que seguem para o sul do País“Todos nós precisamos estar unidos para ajudar o Rio Grande do Sul, ajudar o povo gaúcho nesse momento de extrema dor e sofrimento. Neste momento, nós estamos enviando a segunda leva de efetivo do Corpo de Bombeiros Militar, além de viaturas, botes de salvamento e água, e já preparando o envio de alimentos, para que possamos nos somar a essa rede de solidariedade. Estamos enviando o que há de melhor da tropa, para que nós possamos salvar vidas, colaborar e ajudar as famílias atingidas pelas fortes chuvas”, destacou o chefe do Executivo do Pará.

O carregamento, com mais de 28 mil copos de água, foi organizado pelo Corpo de Bombeiros na manhã de hoje (09). As caixas foram armazenadas com segurança em um caminhão-baú da corporação, para garantir que não haja desperdício.Carregamento de água potável

"Reconhecemos a urgência da situação enfrentada pela população atingida pelas cheias no Rio Grande do Sul. Na Cosanpa, estamos comprometidos em auxiliar sempre que possível, e este envio de mais de 28 mil copos de água produzidos no Bolonha é uma pequena parte do que podemos fazer. Mas cada gesto conta em momentos como este", destacou o presidente da Cosanpa, José Fernando Gomes Júnior.

Ajuda humanitária - Além da água, a equipe viaja com três viaturas, dois botes e equipamento de mergulho. Serão cerca de 4 mil quilômetros para atravessar o País para levar ajuda humanitária. O ponto de chegada da equipe é a capital gaúcha, Porto Alegre. Em seguida, os militares serão direcionados às áreas mais críticas pelas autoridades locais. A tropa é especialista em busca submersa em água turva, tendo experiência em atuação em ambiente semelhante ao encontrado agora no Rio Grande do Sul.

Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Jayme Benjó, “lá tem um comando unificado. Nós nos apresentaremos, e a partir daí há uma coordenação definindo para onde a nossa equipe vai avançar. Todos são militares altamente especializados, mergulhadores de resgate, e também são especialistas em salvamento aquático, em busca e resgate em geral, e é a necessidade deles nesse momento”.

O sargento Raildo, há 17 anos na corporação, frisou o diferencial da equipe. “Aqui, nós temos um diferencial porque nós mergulhamos em águas totalmente escuras. É um mergulho técnico, muito complicado, que a gente desce sem saber o que vai encontrar no fundo. A gente vai levar, além do nosso trabalho, o conforto e a segurança do que a gente tá fazendo, porque lá nós seremos o esteio daquela comunidade que está sofrendo”, explicou o militar.

Governador Helder Barbalho: "enviando o que há de melhor da tropa"Alimentos - Até a próxima semana, o Governo do Pará enviará 30 toneladas de alimentos para auxiliar os moradores atingidos pelas enchentes. Na sexta-feira passada, a primeira equipe formada por cinco especialistas do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) foi enviada ao Rio Grande do Sul, e já está atuando no salvamento de vítimas das enchentes.

Mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O mais recente boletim da Defesa Civil do Estado informou que subiu para 107 o número de mortos em razão dos temporais. O aeroporto e a rodoviária estão totalmente alagados e sem funcionar. O desastre climático afetou ainda o fornecimento de água tratada e de energia elétrica em centenas de municípios gaúchos.