Emater dobra meta para credito rural no município de Alenquer em relação a 2023
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará tem contribuído para potencializar as atividades da agricultura familiar no Baixo Amazonas
Em 2024, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Alenquer, no Baixo Amazonas, pretende aumentar em mais de 150% o número de crédito rural contratado, em comparação a 2023. Nos últimos anos, a partir da Emater, o município vem se destacando na região como grande articulador da política pública de financiamento das atividades da agricultura familiar.
Apenas no primeiro trimestre, mais de R$ 3 milhões já chegaram às mãos de 56 produtores alenquerenses, por meio de projetos da Emater, parceria com a Prefeitura e liberação do Banco da Amazônia (Basa), Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF). O balanço inicial representa quase metade do que foi alcançado em todo o ano passado: pouco mais de R$ 6 milhões e meio.
De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Alenquer, o técnico em agropecuária Waldomiro Yared, o trabalho segue para um montante de pelo menos R$ 15 milhões até dezembro.
Além do apoio tradicional à pecuária de corte, motor socioeconômico da agricultura familiar dali, a Emater tem expandido atuação no plantio de limão taiti, na cadeia produtiva da mandioca e na pesca artesanal.
No setor pesqueiro, por exemplo, existe uma demanda imediata de recursos para 150 famílias, ante a linha B do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
"É uma união de ferramentas e de esforços. Vale ressaltar que a Prefeitura é diferenciada na questão logística deste nosso processo. Somos prova de que parcerias institucionais resultam efetivas de verdade para as políticas públicas do setor agrícola e fundiário”, diz Yared.
Resultados
Atendido pela Emater desde 2020, o pecuarista Valdinei Viana, de 30 anos, administra o segundo crédito rural consecutivo recebido para aplicação nos 27 hectares da Fazenda Deus-Proverá, no Ramal do Coamba: o primeiro pelo Basa e o de agora pelo Banco do Brasil (BB).
Com o dinheiro, vem sendo possível aumentar a quantidade e melhorar a genética do rebanho de 48 reses da raça majoritariamente nelore.
“É muito interessante, e eu digo que aqui na minha propriedade, Fazenda Deus-Proverá, Deus provê mesmo: somos eu, Deus e a Emater junto, fazendo valer a pena nossa história de lida no campo, porque eu hoje tenho certeza de lucro no meu negócio”, conta.
Texto de Aline Dantas de Miranda