Workshop da Polícia Científica aborda Entomologia como recurso da perícia
Entomologia é a especialidade da biologia que estuda os insetos sob todos os aspectos e relações com o homem, as plantas, os animais e o meio ambiente
A Coordenação de Aperfeiçoamento e Pesquisa (Coapes), da Polícia Científica do Pará (PCEPA), promoveu, na sexta-feira (26), na sede em Belém, o workshop “Entomologia Forense”. As palestras foram ministradas pela doutora Izaura Vallinoto, da Universidade Federal do Pará (UFPA); o biólogo Franklin Nascimento, do Instituto de Patologia Cirúrgica e Molecular (IPCM); e pelo doutor Inocêncio Gorayeb, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
Ao todo, o workshop envolveu três temas, entre os quais, “A entomologia como suporte científico para o estudo forense”, “Entomotoxicologia como ferramenta de auxílio na perícia de putrefeitos” e “Criação de protocolos interinstitucionais e coleção de Entomologia Forense em cadáveres humanos”.
O objetivo do evento foi mostrar como a entomologia pode ser um meio alternativo que pode ajudar a esclarecer mortes, uma vez que é a ciência estuda os insetos e seu papel crucial na decomposição de cadáveres. “A entomologia forense entra em ação, analisando a presença, o estágio de desenvolvimento e a diversidade de insetos encontrados nos cadáveres”, disse o Dr. Inocêncio Gorayeb, um dos palestrantes do workshop.
Dessa forma, a entomologia pode ser útil para a perícia criminal, sobretudo às perícias ou exames de necropsia de cadáveres. “Esses insetos, pela função que exercem em cadáveres, são como se fossem testemunhas porque podem fornecer uma linha do tempo precisa da morte. Além disso, a análise dos insetos presentes em locais de crime pode fornecer informações sobre o local da ocorrência, movimentos da vítima e até mesmo traços de drogas ou venenos presentes no corpo”, completou o palestrante.
O workshop integra a extensa lista de capacitação da Coapes, com o objetivo de qualificar os peritos criminais de todas as áreas sobre os variados temas que poderão contribuir para maior eficiência da perícia criminal.
“Temos o objetivo de qualificar os nossos peritos, para que nossos laudos sejam cada vez mais relevantes e contribua com a resolução de crimes”, concluiu Celso Mascarenhas, diretor-geral da PCEPA.