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CULTURA E DIVERSÃO

Sinfônica do Theatro da Paz interpreta Beethoven em concerto com grande público

Espetáculo do célebre compositor clássico, reuniu a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) com a regência do maestro Miguel Campos Neto

Por Iego Rocha (SECULT)
26/04/2024 08h09

Nem a chuva forte impediu o público de prestigiar toda a genialidade de Ludwig van Beethoven (1770-1827) interpretado pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) em mais um concerto de temporada, que aconteceu, na noite da quinta-feira (25), no Theatro da Paz. Com a regência do maestro titular, Miguel Campos Neto, e a participação especial do violinista, Justo Gutierrez, o concerto "Homenagem a Ludwig van Beethoven" emocionou o público.

A obra que abriu o concerto da Sinfônica, "Coriolano", Op. 62, de Ludwig van Beethoven, foi escrita como abertura de uma peça, conhecida como música incidental e é uma obra musical extraordinária que captura a intensidade e a tragédia da peça de Shakespeare. Composta em 1807, a abertura reflete o tumulto emocional e os conflitos internos do herói romano Coriolano. Beethoven emprega uma gama de técnicas musicais inovadoras para retratar a luta entre o indivíduo e a sociedade, incluindo contrastes dramáticos entre temas majestosos e agressivos. A abertura é uma manifestação vívida da genialidade musical de Beethoven, sua habilidade em transmitir narrativas emocionais e sua profunda compreensão da condição humana. 

“É uma peça que passados alguns séculos continua a emocionar e inspirar a todos nós ouvintes. Eu e minha família somos fãs da OSTP e não perdemos nenhum concerto e como o maestro Miguel sempre diz ‘o público que acompanha a OSTP, já compreende o repertório clássico’ e na minha humilde opinião, este é um destaque importante das contribuições mais significativas de Beethoven para o repertório sinfônico”, revelou entusiasmado Pedro de Souza, 58 anos, assíduo frequentador do Theatro da Paz.

Em seguida, veio ‘Romance em Fá maior para violino e orquestra Nº 2, Op. 50’, de Ludwig van Beethoven, uma obra que encanta os amantes da música clássica com sua beleza expressiva. Escrito em 1802, este romance é um exemplo brilhante da habilidade de Beethoven em evocar emoções profundas por meio de sua composição. Com um diálogo magistral entre o violino, solado pelo violinista Justo Gutierrez, e a orquestra, a peça transportou o público para um mundo de delicadeza e graciosidade musical. O Romance em Fá maior Nº 2 é uma verdadeira joia do repertório clássico, capaz de emocionar e cativar os ouvintes com sua beleza e expressividade incomparáveis. 

“Essa peça foi um presente para mim. Ela está mais próxima do classicismo, ou seja, do primeiro período de Beethoven e tecnicamente é bem difícil, mas o desafio não tirou a emoção de tocar com a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. É sempre um prazer estar com os colegas, ainda mais homenageando o gênio que foi Beethoven”, afirmou Justo, que é o spalla da OSTP.

Encerrando o concerto em homenagem ao compositor que revolucionou a música clássica, a OSTP interpretou A 5ª Sinfonia de Beethoven, que se tornou universalmente conhecida pelos quatro impactantes acordes, imediatamente identificáveis e que marcam sua famosa abertura. Interpretada pela primeira vez em Viena, Áustria, no dia 22 de dezembro de 1808, durante um concerto histórico que apresentou várias obras importantes do próprio Beethoven, a 5ª Sinfonia é uma das obras mais emblemáticas e influentes da música clássica. 

Composta entre 1804 e 1808 é dividida em quatro movimentos, com o primeiro movimento marcado por uma intensa tensão dramática que se desenvolve em um poderoso clímax. O segundo movimento, em contraste, apresenta uma atmosfera serena e contemplativa, enquanto o terceiro movimento retorna à energia e vitalidade características de Beethoven. O quarto movimento traz uma explosão triunfante de energia, culminando em um final exuberante e inesquecível.

A 5ª Sinfonia de Beethoven cativou os ouvintes e transmitiu uma mensagem universal de triunfo sobre a adversidade e a luta pela liberdade individual e culminou em muitos aplausos no final do concerto.

A iniciativa é do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Theatro da Paz e Academia Paraense de Música (APM), que prepararam uma programação especial.

Texto de Úrsula Pereira / Ascom Theatro da Paz