CULTURA E DIVERSÃO

Expresso Cultural mobiliza crianças das Usinas da Paz com exposição indígena

Iniciativa acontecerá de 27 abril a 5 de maio, e vai apresentar peças com valores simbólicos para os povos originários e a própria cultura dos povos

Por Iego Rocha (SECULT)

25/04/2024 10h11

Mais de 280 crianças e adolescentes irão visitar o Museu do Estado do Pará, no período de 27 abril até 5 de maio, através do programa “Expresso Cultural”, realizado nas Usinas da Paz (UsiPaz) como ferramenta de educação patrimonial, cultura e arte. Desta vez, os visitantes irão conhecer a exposição “Bancos Indígenas do Brasil”.

A iniciativa é do governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e da Secretaria de Cidadania Estratégica de Articulação e Cidadania (Seac). O programa faz parte das articulações para a democratização e acesso de alunos de escolas públicas aos espaços culturais.

No total, serão 40 crianças e adolescentes de cada bairro da UsiPaz que participarão do percurso, que será estendido durante dois fins de semana. O cronograma começa neste sábado (27) e terão dois turnos: manhã (UsiPaz do Bengui) e à tarde (UsiPaz Jurunas). Durante a visita, os alunos conhecerão a mostra de bancos indígenas e participarão de oficinas sobre suas experiências subjetivas com o acervo.

A ação tem como propósito principal traçar o diálogo com as crianças através do lúdico e do acervo visual, de modo que conheçam as peças que possuem valores simbólicos para os povos originários e a própria cultura, valorizando os conhecimentos indígenas e interagir com a preservação da floresta.

A inclusão dos ensinos indígenas com estudantes desde a infância é fundamental para a efetivação da lei que prevê o estudo obrigatório da história e cultura indígena e afro-brasileira, explica a diretora do MEP, Tamyris Monteiro. A ação, de acordo com a gestora, utiliza o equipamento cultural como mecanismo de ampliação do ensino básico, que muitas vezes não são tematizados em salas de aula.

"A exposição Bancos Indígenas do Brasil será o eixo que dialogamos com as crianças atendidas pelas Usinas da Paz. Nesta ação temos a confluência das principais questões que atravessam a Amazônia atualmente, que é o debate a questão climática, a urgência da proteção florestal, dentro de uma perspectiva que considere a biodiversidade", completou.