Pará busca experiências exitosas para o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia
Equipe da Semas, coordenadora da Política Estadual de Bioeconomia, visitou centros de estudo e parque tecnológico na Bahia e em Pernambuco
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) prossegue o projeto de estruturação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia - uma das principais entregas do Governo do Pará para a COP 30 (conferência mundial sobre o clima). A Semas, como coordenadora da Política Estadual de Bioeconomia (Planbio), estabeleceu no planejamento da implementação o intercâmbio de experiências de sucesso nacionais e internacionais, para incorporá-las ao Parque.
Neste mês, a Semas fez visitas técnicas aos estados da Bahia e de Pernambuco, que abrigam alguns projetos considerados exitosos, como o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), o Parque Tecnológico Porto Digital e a Escola de Inovação Cesar School, também na capital pernambucana, além do Centro de Inovação do Cacau e a Biofábrica, em Ilhéus, interior da Bahia.
A equipe da Semas também visitou o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus, no Amazonas, e participou do workshop “Impulsionando a Sociobioeconomia na Amazônia”, organizando pelo Instituto Clima e Sociedade e o Banco do Brasil, em Belém. O diálogo foi sobre o fomento a investimentos, ecossistemas de negócios e estruturação de cadeias de valor da sociobioeconomia na Amazônia.
Com a implementação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, previsto como o principal projeto estruturante do Plano Estadual de Bioeconomia, o objetivo do governo do Estado é acelerar a transição da economia paraense para um modelo de baixas emissões de carbono. Com uma série de empreendimentos planejados, e já com as obras em andamento, o Parque tem como objetivo principal impulsionar a agenda de soluções baseadas na economia verde.
Ecossistema - “O nosso propósito com essas visitas técnicas é conhecer as estruturas e as implementações de projetos exitosos, com resultados práticos de transformação socioeconômica e no território, ao mesmo tempo, prospectar parcerias para agregar ao nosso Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia que, inclusive, é bom destacar, não consiste somente em um espaço, mas em um ecossistema de espaços dedicados à aceleração da economia verde no Pará. Com essas visitas, já vislumbramos oportunidades para a Escola de Saberes da Floresta, para o Espaço Inovação em Bioeconomia e para o Centro de Biotecnologia - todos integrantes do ecossistema do Parque”, destacou o titular da Semas, Mauro O’de Almeida.
Ainda de acordo com o secretário de Meio Ambiente do Pará, todo o conhecimento adquirido com as visitas técnicas servirão como base para a estruturação não apenas do Parque de Bioeconomia, mas para o próprio Plano Estadual de Bioeconomia e outras políticas do eixo de desenvolvimento de baixo carbono do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).
“Estas visitas servirão como suporte para que nós possamos seguir implementando no nosso Plano de Bioeconomia, bem como, no Parque de Bioeconomia, que consiste em um ecossistema de centros de conhecimento, de tecnologia, de bioeconomia e tantos outros que o governo do Estado pretende instalar no Pará. O que nós enxergamos durante essas visitas técnicas casa muito bem com o que estamos pensando em fazer no nosso Estado, sendo um espaço com total integralidade entre tecnologia e bioeconomia”, informou Mauro O’de Almeida.
Baixo carbono - O Plano de Bioeconomia é uma política pública do Governo do Pará, coordenada pela Semas, que envolve 18 instituições estaduais em sua implementação e está ancorada na Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), sendo também um dos componentes do eixo de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono do Plano Estadual Amazônia Agora. O Plano de Bioeconomia foi lançado oficialmente na COP 27, realizada em 2022, no Egito.
Para a responsável pela Política de Bioeconomia, Projetos Especiais e Políticas Estratégicas na Semas, Camilla Miranda, a bioeconomia é uma das principais agendas positivas, escolhidas pelo governo do Estado para alcançar a meta de combate ao desmatamento ilegal e de emissões liquidas zero de gases de efeito estufa, com desenvolvimento sustentável e inclusivo, a partir de políticas públicas multissetoriais.
"A bioeconomia que nós escolhemos para o Pará é baseada em soluções da natureza, tendo o nosso patrimônio cultural e os saberes dos povos e comunidades tradicionais como um diferencial, e que gera valor agregado aos produtos da bioeconomia. Além disso, pode ser um grande vetor para a transição socioeconômica que precisamos na Amazônia”, reforçou Camilla Miranda.
Texto: Lucas Quirino - Ascom/Semas