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EDUCAÇÃO E INSPIRAÇÃO

Histórias cantadas e árvore da leitura marcam a celebração do Dia do Livro no Oncológico Infantil

Em ação literária, colaboradores e voluntariado se uniram na conscientização da importância da leitura para o desenvolvimento humano

Por Ascom (Ascom)
18/04/2024 16h01

Passatempos que oferecem benefícios que vão da Educação à inspiração, a leitura e a música foram utilizadas durante a ação alusiva ao Dia Nacional do Livro Infantil - 18 de abril, no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém. O evento celebrou a data, que presta homenagem a Monteiro Lobato, pioneiro na literatura infantil no Brasil, e destacou a importância da literatura no processo de recuperação e bem-estar emocional dos usuários.

Ainda durante a atividade, os organizadores presentearam os pacientes com livros, um incentivo à leitura e um entretenimento transformador e redutor de estresse. Conforme a pedagoga Joyce Wanzeler, que integra o setor de Humanização, "a prática estimula a criatividade e a imaginação", além de ajudar no desenvolvimento integral e, por meio de ações como essa, constrói laços de afetividade.

"Em um ambiente hospitalar, esse contato com a literatura, por meio de músicas, conversas e interações criativas, enriquecem a experiência no hospital. Abordamos os animais, que são elementos muito presentes nas produções infantojuvenis e os trouxemos na nossa caixa musical, com discos temáticos. Participaram crianças, adolescentes e as próprias mães, que recordaram ou aprenderam várias cantigas. Foi uma ação muito interessante, descontraída e produtiva", afirmou a colaboradora.

Joyce define os livros como "uma fonte valiosa de conforto, companhia e aprendizado em todas as áreas do conhecimento". Conhecimento esse perpetuado com o hábito passado de geração em geração. "Os livros, a contação de histórias e a musicalização estão muito presentes no dia a dia das crianças no hospital. Construímos uma árvore literária com figuras da natureza e no lugar de frutos, colocamos livros. E, por meio dessa metáfora, explicamos a importância desse 'fruto', enquanto 'alimento' para o conhecimento e para o desenvolvimento de todos nós", justificou.

Voluntário na ação, o cientista e educador ambiental, Cezar Silva, de 37 anos, revela que, além dessa experiência com atividades musicais e literárias para crianças em tratamento oncológico, já atuou em atividades em comunidades ribeirinhas. Relatando experiências com educação ambiental e manejo de fauna silvestre, ele confessa fazer uso do talento e profissionalismo na música e na fotografia em trabalhos voluntários que participa.

"A experiência foi muito gratificante e pretendo continuar no voluntariado. Considero a data importante para o incentivo à leitura e, com uma programação lúdica, é possível envolver mais as crianças e seus acompanhantes. Eles chegam tímidos e calados, mas no decorrer da programação, começaram a interagir bastante conosco. A música e a leitura juntas representam conhecimento, evolução, lazer, diversão e acolhimento", afirmou Cezar.

Peculiaridade - Nas sessões de leitura e estímulo mental, os convidados da ação puderam abordar personagens favoritos e emblemáticos dos contos regionais. "Fizemos uma roda de leitura na qual cada acompanhante, criança e adolescente pode ler um pedacinho de uma história. Eles tocaram no livro físico, ampliando o contato e o prazer da leitura. Lemos clássicos, como a história Os Três Porquinhos, mas também trouxemos as lendas amazônicas. As crianças perguntaram pela Iara, Cobra Grande e Boto-cor-de-rosa. Momentos de conhecimento e diversão que amenizam os efeitos da hospitalização e das longas internações", finalizou Joyce.

O bragantino Paulo Henrik da Costa, 10 anos, acompanhou a ação ao lado da mãe, Ellen dos Remédios, 30 anos. O garoto, que adora ler livros físicos, não conteve a alegria de compartilhar historinhas com colegas de internação. "É porque gosto de pegar nas capas dos livros, me chamam a atenção. Eu gosto de ler e quando eu começo, lembro muito da minha mãe. Ela lê histórias bíblicas para mim. Já fui à biblioteca daqui (do hospital) e já li livros de ação e de Jesus. É muito legal", afirmou o menino.

Texto: Ellyson Ramos (Ascom/Hoiol)