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DIA DO OBSTETRA

Maior maternidade do Estado tem equipe especializada que presta atendimento humanizado às gestantes

Só no primeiro trimestre de 2024, foram realizados mais de dois mil partos. Instituição conta com 120 médicos e 213 enfermeiros obstetras

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
12/04/2024 14h40

A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) conta com 120 médicos obstetras e 213 enfermeiros da mesma especialidade prontos para o atendimento às gestantes, durante as 24 horas do dia, em todos os dias da semana. Só no primeiro trimestre de 2024, foram realizados mais de dois mil partos, como o de Camila Rodrigues, que veio para a Santa Casa ter o seu segundo bebê.

“Foi tudo muito rápido, eu cheguei depois da meia-noite e às cinco a minha filha nasceu. Eu fui muito bem atendida durante o trabalho de parto, pude escolher o meu acompanhante, as enfermeiras vinham a toda hora me observar e orientar, e agora também nos cuidados com a bebê, explicando não só pra mim, mas também para o pai como devemos fazer”, conta Camila.

O atendimento recebido por Camila representa o perfil dos obstetras, sejam eles médicos ou enfermeiros, que além da capacitação técnica para a assistência à gestante, norteiam seus atendimentos pelas Boas Práticas de Atenção ao Parto e nascimento, com cuidados que começam na entrada da paciente e vão até o pós-parto. A enfermeira Rosana Nunes, que trabalha na Santa Casa há mais de duas décadas, conta um pouco sobre como se dá esse trabalho na maternidade.

“Aqui, nós estamos atentos ao binômio mãe-bebê com o cuidar, observar, porque quando você atender a mulher em trabalho de parto, atende a família inteira. Às vezes essa gestante e o acompanhante vem com certos medos, certos temores e nós temos que perceber para poder fazer com que ela tenha o melhor atendimento. Também usamos métodos para minimizar a dor, que sejam menos invasivos, sempre buscando cuidados humanizados para essa gestante e para o bebê, que fica no contato pele a pele depois do parto sentindo o calor e o cheiro da mãe, e pode mamar na primeira hora”, informa a enfermeira.

Além da realização do parto, a Santa Casa também conta com obstetras que acompanham as gestantes de alto risco no pré-natal e àquelas que precisam ficar internadas antes do parto, como Luciana Silva do município de Ulianópolis. Grávida de seu segundo filho, ela foi internada na Santa Casa no final de março, recebeu alta hospitalar, mas vem sendo acompanhada na Casa da Gestante.

“Me sinto segura aqui, porque estou sendo muito bem acompanhada por toda equipe, sou avaliada todos os dias pela obstetra que me explica como eu estou, me orienta, o que me deixa mais tranquila”.

A obstetra da qual Luciana faz referência é a médica Aurilene Sidrim, que atende diariamente às pacientes na Casa da Gestante do Hospital e que explica o papel do médico obstetra no período que vai da gestação ao parto.

“O ideal é que o obstetra atue em todas as etapas de assistência à gestante, desde com no mínimo seis consultas, e pedimos exames laboratoriais e ultrassonografia para a gente saber como é que ela está, porque tudo que é para ela repercute para esse bebê. Fazemos a escuta dessa mulher, ouvindo as queixas, os medos, os anseios. A gente precisa orientar essa paciente em tudo que ela tem. No trabalho de parto a gente também está ali, manejando essa mulher para que ela consiga evoluir para um parto normal ou se não evoluir, para a cesárea. A gente tem esse acolhimento e esse cuidado e no pós-parto, quando fazemos a avaliação dela para ver se está tudo ok, se está tudo direitinho".

Formação - A Santa Casa também conta com a Residência Médica em Obstetrícia e a residência multiprofissional com ênfase em saúde da mulher e da criança. Além de receber residentes de enfermagem obstetra de outras instituições.

“Como tutora e preceptora tanto da residência de enfermagem obstétrica da Universidade Federal do Pará, como da Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher e da Criança, eu acompanho aqui na Santa Casa profissionais dessas duas residências, onde eles vivenciam diariamente, 60 horas semanais, manhã e tarde, durante a semana, a prática de dar assistência ao binômio mãe e bebê, e dar assistência ao parto, aplicando várias tecnologias não invasivas, inclusive de alívio para que essa mulher tenha um parto de excelência”, ressalta a enfermeira obstetra Conceição Barros.

Além da especialização para os profissionais já graduados, durante sua formação universitária, centenas de estudantes passam anualmente pelo hospital, conhecendo o trabalho dos obstetras na assistência às gestantes.

“Muitas vezes, o momento de escolha pela especialidade deles é aqui. Outros passam por nós, mas não vão fazer ginecologia obstetrícia, mas essa experiência ajuda para que eles aprendam também a ter esse olhar, esse acolhimento que a gente precisa ter para os pacientes”, conclui a médica Aurilene Sidrim.