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Em Belém, Hospital Jean Bitar (HJB) garante assistência humanizada a internados na UTI

Equipe multiprofissional comemora a média superior de 97% do índice de satisfação dos usuários entre janeiro a março deste ano

Por Marcelo Zeno (HJB)
11/04/2024 08h19

O Hospital Jean Bitar (HJB), em Belém, oferece serviços de referência de média e alta complexidades com foco na segurança do paciente, sem deixar de se preocupar com o bem-estar emocional daqueles que estão internados na sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 10 leitos. Unidade considera as ações de humanização importantes em qualquer ambiente em que se desenvolve o cuidado.

Ao investir nesse cuidado, a gestão e sua equipe multiprofissional celebra a média superior de 97% do índice de satisfação de seus usuários, entre janeiro a março deste ano.

Atualmente, a unidade hospitalar possui 70 leitos, sendo 60 leitos Clínicos e 10 de UTI para adultos. Esses leitos são destinados para atendimento das especialidades de reumatologia, clínica médica, endocrinologia, pneumonia, geriatria, mastologia e cirurgia geral.

O hospital também recebe, entre os leitos de UTIs, pacientes clínicos e cirúrgicos, alguns, com casos críticos que necessitam de um cuidado maior com recursos humanos qualificados e atenção redobrada.

Segundo a psicóloga do HJB, Rayssa Melo, o atendimento humanizado dentro desse ambiente tem uma atenção especial, pois estes usuários encontram-se completamente dependentes e carentes, onde o emocional torna-se mais vulnerável, dependendo das circunstância que se encontram, principalmente, os de longa permanência.

É o caso da paciente Indary de Oliveira, 18 anos, do município de Curralinho, no Marajó, a 328 km da capital paraense. A jovem estava internada há quase 60 dias na UTI, por conta de uma crise de asma severa, que encontra-se em recuperação na Clínica Médica.

De acordo com o coordenador da UTI, Thiago Ribeiro, os profissionais da UTI acolheram a jovem paciente com a devida empatia por se tratar de uma paciente muito nova.

“Se nós pararmos para pensar: onde eu estava quando tinha 18 anos? Em cima de uma cama dentro de uma UTI? Não. Estava curtinho a vida, passeando, com amigos, estudando. E, no caso dela é diferente: passar por tudo isso no auge de sua juventude”.

O profissional ressaltou que, uma das ações para humanizar, cada vez mais a assistência, foram alocadas profissionais mulheres e mães de família para atender a Indary. “Isso para que ela se sentisse mais confortável. Achamos essa a melhor alternativa para deixar essas profissionais cuidarem dela, onde a paciente se apegou bastante com as profissionais. Passando por isso, abrimos também uma exceção para a mãe dela fazer visitas estendidas”.

A mãe Maria Francisca Matos, está acompanhando a Indary na internação e agradeceu pelo atendimento. “Graças a Deus, estão atendendo muito bem a minha filha, tanto que ela sentiu falta dos profissionais da UTI, por toda atenção que deram a ela. Mudou muito nossa rotina e todos estão fazendo o que podem para a recuperação dela. Obrigada a todos”.

Para Rayssa Melo, a primeira característica que o profissional de UTI deve ter na assistência do paciente é ter um olhar que chamamos de biopsicossocial, que é uma abordagem multidisciplinar que compreende as dimensões biológica, psicológica e social de um indivíduo.

“Na reunião multidisciplinar, temos os vários especialistas em suas áreas, onde todos contribuem para que as tomadas de decisão sobre o paciente enquanto instituição de saúde sejam tomadas. Mas o olhar biopsicossocial da equipe em ver o paciente não como uma numeração, ou um nome no prontuário, mas uma pessoa que tem família, amigos, processos sociais, hábitos de vida. Isso é humanizar o atendimento”, pontuou a profissional.

Legislação - O princípio da dignidade da pessoa humana, presente no 1º artigo da Constituição Federal de 1988, no inciso III, está relacionado com as garantias das necessidades vitais de cada pessoa. Ele tem como objetivo assegurar uma vida digna, na qual o atendimento das necessidades básicas é garantido, respeitando cada valor intrínseco.

De janeiro a fevereiro deste ano, a equipe da UTI do HJB garantiu o atendimento total de 66 pacientes.

O Hospital Jean Bitar pertence à rede de saúde pública do governo do Pará. É administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, em parceria com a Sespa. A unidade presta assistência em média e alta complexidade na área ambulatorial e hospitalar a usuários transgêneros, e em clínica médica e cirúrgica para doenças metabólicas e gastrointestinais.

Serviço:

O HJB fica na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, nº 543, no bairro Umarizal, em Belém.

Texto de Marcelo Zeno / Ascom HJB