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SAÚDE PÚBLICA

Hospital Geral de Tailândia realiza simulação para atendimento em situação de catástrofe

O 1° Simulado do Plano de Contingência de Catástrofe visou alinhar o socorro imediato e de qualidade a vítimas de acidentes de grandes proporções

Por Andrey Silva (HGT-Tailândia)
09/04/2024 14h41

A simulação recria o cenário e prepara os profissionais para oferecer atendimento rápido e eficazA gestão do Hospital Geral de Tailândia (HGT), no sudeste paraense, realizou no último domingo (07) o “1° Simulado do Plano de Contingência de Catástrofe”, conduzido pelo Time de Atendimento de Catástrofes (TAC) da unidade. O exercício estratégico simulou a resposta diante a uma emergência, representando o cenário de um acidente envolvendo múltiplas vítimas entre ônibus e um carro, na Rodovia PA-150, uma das principais vias de acesso para Tailândia e de interligação entre Belém e as regiões Sudeste e Sul.

A maquiagem deu o tom realístico aos ferimentos decorrentes de acidentes de grandes proporçõesA iniciativa teve o objetivo de capacitar os profissionais da unidade hospitalar para agir de forma eficaz e eficiente em caso de acidentes de grandes proporções, respondendo prontamente a situações de emergência.

O gerente Assistencial do HGT, Milton Peixoto, destacou que, devido ao contexto em que o Hospital está inserido, em uma região cortada por uma rodovia com tráfego incessante de veículos pesados., é necessário o "atendimento de livre demanda para urgências e emergências, independente da sua natureza. É nosso dever estar permanentemente preparados para receber múltiplas vítimas, garantindo assim um atendimento resolutivo, qualificado e seguro”.

Ele disse ainda ser crucial que os serviços de saúde possuam um plano de catástrofe hospitalar bem elaborado, contendo instruções detalhadas de trabalho que especificam os procedimentos a serem adotados em situações de extrema urgência.Treinamento para atendimento de crianças vítimas de acidentes

Preparativos - Durante um mês, a equipe organizadora, composta por 14 enfermeiros, realizou reuniões de alinhamento para ajustar os protocolos a serem adotados no Plano de Catástrofe. Foram definidos os procedimentos específicos e a divisão de equipes e atribuições de cada membro. Por volta de 10h de domingo (07), os voluntários já estavam no HGT para ocupar os postos de vítimas, profissionais de saúde e avaliadores, profissionais que acompanharam todo o processo de cada caso clínico durante a simulação.

Uma das etapas que despertou grande interesse foi a elaboração das maquiagens dos feridos atendidos no evento, simulando lesões, ferimentos e sangramentos típicos de acidentes automobilísticos.

"Cada maquiagem e preparação das lesões contou com a orientação dos profissionais da Assistência, para tornar os ferimentos realistas", explicou Dyones Alves, enfermeiro no HGT e responsável pela preparação das vítimas.

Profissionais que participaram do treinamentoSimulação - A simulação começou as 14h, com a comunicação de um grave acidente e implementação do Plano de Catástrofe. A atividade foi realizada em grupos a partir dos casos clínicos. Cada grupo foi formado por um enfermeiro e quatro técnicos em Enfermagem. Durante a simulação, foram abordados estudos de casos potenciais, contando com a participação de quatro atores voluntários e dois manequins - as vítimas.

Para cada estudo de caso foi seguido um roteiro com avaliação da atuação dos grupos, a partir de um formulário de atendimento, check-list, contendo pontos críticos para assistência ao estudo de casos, que foi preenchido no decorrer da atuação por profissionais selecionados previamente, com itens conforme e não conforme, a partir do desempenho de cada grupo, com a finalidade de avaliar competências, atitudes e habilidades esperadas diante de cada cenário.

“No plano de atendimento, a admissão dos pacientes vítimas de acidentes ocorreu através do Pronto Atendimento (PA)/Classificação de Risco, onde pacientes chegaram, simultaneamente, para classificação, e foram identificados com pulseira da cor preta e o preenchimento da ficha de atendimento de forma manual”, explicou Fernanda Lima, enfermeira e avaliadora dos casos.

Foram abordados seis casos práticos: parada cardiorrespiratória seguida de intubação orotraqueal; hemorragia por trauma penetrante (empalamento); gestante com metrorragia associada à trauma; grande queimado (VAS); amputação traumática e criança grave. Cada caso representou uma situação clínica específica, desafiando os participantes a aplicarem seus conhecimentos e habilidades.

Aprimoramento - Cristian Tassi, diretor Executivo do HGT, parabenizou a equipe "pelo excepcional trabalho durante a simulação. O empenho, a dedicação e a determinação de cada profissional são testemunhos claros da nossa capacidade de resposta diante de situações de crise. Continuaremos aprendendo e aprimorando nossas práticas, para garantir um serviço ainda melhor aos nossos usuários em momentos de necessidade".

Todo o processo de simulação, com abordagem individual de cada caso clínico, teve duração aproximada de quatro horas. Este evento é apenas o primeiro de uma série de simulações previstas para serem realizadas no HGT até final deste ano.

O Hospital Geral de Tailândia tem 51 leitos e mantém uma Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) com nove leitos, seis dos quais adultos e três pediátricos. Usuários atendidos pelo SUS têm acesso aos serviços por meio da Central de Regulação Municipal, e aos de urgência e emergência em livre de manda ou encaminhados pelo Samu, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Rodoviária.

Serviço: O Hospital Geral de Tailândia é uma unidade de saúde do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Fica na Avenida Florianópolis, s/n, Bairro Novo. Mais informações pelo fone (91) 99202-5964.