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SAÚDE E ALIMENTAÇÃO

Nutricionistas da Santa Casa recomendam a redução do consumo de sal e açúcar

O Dia da Saúde e da Nutrição, no domingo, 31, é uma oportunidade para debater e avaliar práticas nutricionais e políticas públicas preventivas

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
28/03/2024 12h36

A prática da boa alimentação começa desde o nascimento, com o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida. Após essa fase, a amamentação poderá ser feita de maneira complementar até os 2 anos de idade.

Para Cilea dos Santos Ozela, nutricionista da Fundação Santa Casa, o Dia da Saúde e da Nutrição, comemorado neste domingo (31), é uma oportunidade para debater e avaliar práticas nutricionais e a importância de políticas públicas realistas e preventivas, tais como a redução de sal e açúcar no consumo doméstico.

”A alimentação e a nutrição tem papel essencial na saúde, pois é através da ingestão dos alimentos corretos que o organismo recebe os nutrientes, vitaminas e minerais que precisa para manter seu funcionamento da melhor maneira. E esta relação saúde e nutrição está interligada”, enfatiza Cilea.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, por meio da Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde, que os governos formulem e atualizem periodicamente diretrizes nacionais sobre alimentação e nutrição, levando em conta mudanças nos hábitos alimentares e nas condições de saúde da população e o progresso no conhecimento científico. Essas diretrizes têm como propósito apoiar a educação alimentar e nutricional e subsidiar políticas e programas nacionais de alimentação e nutrição.

Cura - Roberta Freitas, nutricionista que gerencia a área de alimentos para a Santa Casa, diz que existe uma frase muito famosa: “Você é o que você come. Então o alimento impacta diretamente em tudo na saúde das pessoas. A gente costuma dizer que o alimento é o nosso principal remédio, além dele impedir que a gente fique doente, ele também hoje é visto como cura de muitas doenças. Ele é profilático e é também remédio. Usamos tanto para combater doenças quanto para curar doenças”. 

“Em um ambiente hospitalar, a nutrição é usada como coadjuvante. É utilizada no auxílio da cura junto com os medicamentos, além de principal aliado dos medicamentos para encurtar o tempo de estadia dos pacientes no hospital nos dias atuais. Todos os nutrientes são importantes para a saúde dos seres humanos. A gordura tem sua importância, o carboidrato tem sua importância, então o fundamental é o equilíbrio”, destaca Roberta. 

Recomendação -  A alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e que deve estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis.

Algumas dicas e atitudes que podem fazer a diferença na sua alimentação, refletindo diretamente na sua saúde:

– Evite o consumo de alimentos ricos em calorias e industrializados, gordurosos e salgados;
– Aumente o consumo de frutas, verduras e legumes, cereais integrais e feijões;
– Beba bastante água;
– Reduza ou evite o consumo de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro;
– Faça exames preventivos e consulte sempre o seu médico e um nutricionista;
– Faça exercícios físicos regulares, diariamente ou pelo menos três vezes por semana, após avaliação médica; acompanhados por um educador físico;
– Durma pelo menos 8h num período de 24h.

Páscoa saudável - Mesmo na Páscoa, quando se costuma exceder no consumo de doces, é possível buscar alternativas saudáveis que ajudam a manter a saciedade, além de ficar bem com a consciência e com a balança, alertam os nutricionistas. 

A nutricionista Cilea Ozela destacou que estudos têm demonstrado que os flavonoides presentes no chocolate amargo (70% ou mais), em particular, possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que podem melhorar a saúde do coração e a função cognitiva. Uma revisão de estudos publicada no Journal of Cardiovascular Pharmacology, em 2007, concluiu que o consumo moderado de chocolate amargo rico em flavonoides pode ter efeitos benéficos na saúde cardiovascular.

O consumo de chocolate com alto teor de cacau tem sido associado a uma melhoria na pressão arterial. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), em 2005, revelou que o consumo regular de chocolate amargo com teor de cacau superior a 50% estava associado a uma redução significativa da pressão arterial em pacientes com hipertensão arterial.