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CIIR celebra Dia da Síndrome de Down com serviços de saúde à população paraense

Em Belém, Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) destaca a a data e as iniciativas à disposição da sociedade para os usuários do SUS

Por Pallmer Barros (CIIR)
21/03/2024 08h50

Nesta quinta-feira, 21, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down, data criada em 2006 pela Down Syndrome International. A intenção do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, é comemorar a vida das pessoas com a síndrome, dialogar com a sociedade sobre o diagnóstico 'Down', e promover a inclusão e bem-estar para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a geneticista do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), Patrícia Braga, o diagnóstico é uma síndrome genética causadora de deficiência intelectual mais comum na humanidade. Atualmente, é possível suspeitar da Síndrome de Down ainda durante a gravidez, devido a possibilidade de algumas alterações no exame de ultrassom

“Quando isso não ocorre, a suspeita inicia logo após o nascimento ou pouco tempo depois, principalmente, devido às características faciais e à fraqueza muscular e, em consequência, o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor que tarda o assentar, caminhar e o falar. O diagnóstico é confirmado geralmente por intermédio de consulta ao geneticista e realização de exame genético”, destaca a médica que acrescenta as ocorrências da Síndrome a outras patologias, como o Hipotireoidismo, Doença Celíaca e as alterações cardíacas, que são denominadas de cardiopatias.

Desta forma, Patrícia Braga alerta que, o acesso à saúde e ao acompanhamento correto, são de suma importância para o melhor cuidado da criança com o diagnóstico ao longo da vida, pois deve-se controlar as doenças associadas e, além disso, as terapias para desenvolver de uma forma mais adequada e ter qualidade de vida.

“Há alguns anos, a estimativa de vida para as pessoas com Síndrome de Down era em torno de apenas 30 anos. Mas, devido a esse maior acesso ao sistema de saúde, atualmente, estima-se que as pessoas com o diagnóstico tenham expectativa de vida de cerca de 60 anos. Isto é, uma expectativa de vida, inclusive, parecida a pessoas típicas, sem Síndrome de Down”.

Suporte Terapêutico – Além de promover acompanhamento com a medicina geneticista, o CIIR garante aos usuários com o diagnóstico de Síndrome de Down, um plano terapêutico centrado na pessoa composto por uma equipe multiprofissional que atua em conjunto para potencializar ainda mais a reabilitação.

Marina Silva, de quatro anos, é uma das 28 reabilitandas com o diagnóstico de Síndrome de Down contempladas com o serviço no CIIR. Sendo acompanhada em conjunto pela fonoaudiologia e a fisioterapia, a pequena moradora do município de Breu Branco, distante cerca de 432 quilômetros de Belém, contabiliza ganhos de desenvolvimento celebrados pelo pai, Antônio Santana, de 45 anos.

“Melhorou muito. Hoje, ela já se levanta, pois antes, não tinha essa iniciativa. Com o suporte da fonoaudiologia, a Marina realiza a comunicação mais compreensível, claro, tudo dentro de suas limitações. Atualmente, entendo em certos momentos o que ela deseja, o que antes eu precisava ficar mais atento ao que ela dizia”, destaca o genitor.

Para ter conquistado a evolução no quadro clínico, principalmente neste aspecto de comunicação, a fonoaudióloga Rubia Jussara, que acompanha a menina, destaca o desenvolvimento da fala por intermédio de imitação, contato visual e, com isso, utiliza-se o pareamento de objetos, tais como, o espelho para mostrar como articula e pronuncia as vogais. “Proponho recursos de materiais lúdicos com cores, formas e o espelho. Além disso, utiliza-se também a manipulação digital para trabalhar a motricidade orofacial passiva com ela”.

Por outro lado, a fisioterapeuta Patrícia Souza, salienta que a especialidade trabalha com a Marina, questões de postura para que a criança atinja um dos principais objetivos, que é o de caminhar.

“Hoje, ela ainda não anda e estamos estimulando a ficar em pé para sustentação do corpo. Conquistando isso, partimos ao processo de deambulação, que é o caminhar. Para isso, utilizamos bolas suíças para estimular o controle de tronco; talas extensoras juntamente com a bola suíça. As posturas, ajoelhada e semi-ajoelhada, com os colchonetes associada a recursos lúdicos como sonoros ou coloridos, fazem com que ela crie a intenção de elevar o corpo e ficar em pé”.

Estrutura - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SRE).

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.