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Veterinários são capacitados para atender diretrizes do programa de sanidade equídea

Médicos veterinários foram capacitados para a identificação e resenha de cavalos durante aula prática realizada nesta quarta-feira, 20, na Cavalaria da Polícia Militar do Pará, em Belém

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
20/03/2024 20h28

A atividade faz parte da programação do “Curso de Resenha, Pelagem e Coleta para Exame de Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo;  Legislação e Treinamento do Sisbravet” que está sendo realizado, esta semana, numa parceria da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Pará (CRMV-PA). 

O curso reúne 39 participantes, entre fiscais estaduais agropecuários de diversas regiões do Estado e profissionais médicos veterinários habilitados no Programa Estadual de Sanidade Equídea, responsável pela vigilância epidemiológica e sanitária das principais doenças dos eqüídeos no território paraense. O objetivo é padronizar os procedimentos de atuação junto ao Programa Nacional de Sanidade Equídea (PNSE) já que o Pará possui o terceiro maior rebanho de equinos do País com mais de 600 mil animais. 

“Os profissionais estão sendo capacitados em identificar a pelagem , descrever as características físicas do animal para que a resenha contenha todas as informações de identificação do cavalo, como a cor da pelagem, marcas individuais, dentre outros aspectos fundamentais para o reconhecimento do animal”, explicou Roberto Figueiredo, fiscal agropecuário da Adepará.

André Reale veio de Santarém para aprimorar o conhecimento e diz que a formação ajuda a nivelar o conhecimento dos profissionais que vão atuar nas fiscalizações de campo, em qualquer região do estado. “Esse curso faz com que a fiscalização seja mais efetiva, mais eficaz. Então, a gente agradece a oportunidade, dessa gestão em  preparar os servidores para entregar um trabalho ainda melhor para o produtor rural ou para o dono de cavalos que gosta de prova de equitação, ou o produtor rural que usa o seu cavalo para trabalho, que são funções diferentes, mas que depende dessa cultura tão bonita que é a criação de equinas”.

Além das fiscalizações, os fiscais vão poder atuar na verificação de animais que participam de eventos agropecuários, como leilões e feiras. “Nós temos postos de fiscalização e bastante eventos agropecuários, então é importante saber ler uma resenha e identificar as particularidades da pelagem e dos sinais, que faz toda diferença e nos ajuda muito nessa identificação”, disse Rogério Pessoa, fiscal agropecuário que atua no município de Juruti, onde existem mais de 3 mil cavalos que são usados como animais de serviço nas fazendas.

Em Belém para ministrar o curso, o presidente do CRMV da Paraíba, Dr. José Cecílio Martins Neto, diz que a iniciativa contribui para aprimorar os conhecimentos dos médicos veterinários habilitados no programa, ou que vão se habilitar, e precisam dessa técnica para avaliar o animal. “As resenhas, toda essa parte escrita que descreve o animal, bem como a comunicação das doenças de notificação obrigatória, como anemia e mormo, são muito importantes e mais colegas veterinários precisam estar cadastrados para que eles sejam habilitados no programa e possam ter condições de atuar em regiões onde há poucos profissionais habilitados. Então, essa iniciativa vai ajudar muito a atuação da Adepará em todo o Estado”.

Durante a programação, que iniciou dia 19, o corpo técnico da Adepará abordou as diretrizes do Programa Estadual de Sanidade Equídea, a legislação estadual e federal para a prevenção, controle e erradicação de doenças que acometem o rebanho equídeo. 

“Para poder transitar com os animais são necessários documentos, entre eles o exame negativo para Anemia Infecciosa Equina (AIE), um laudo laboratorial que ateste que o animal não tem a doença. Se os animais forem participar de algum evento agropecuário, eles precisam estar de posse desse laudo negativo para que seja autorizada a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA). Sem isso, o animal não consegue participar do evento. Para realizar o exame, o produtor precisa recorrer a um profissional habilitado pela Adepará”, enfatiza Susi Barros, fiscal agropecuária.

Nesta quinta-feira,21, as 9h, no auditório da Adepará, a programação prossegue com aula sobre o “Atendimento à notificação de Mormo - Sisbravet” para os servidores da Adepará. Os Fiscais Estaduais Agropecuários Elaine Serrão, Roberto Figueiredo e Susi Barros, do Programa Estadual de Sanidade Equídea, irão detalhar o funcionamento do SISBRAVET, que é o sistema para a notificação de doenças.

A gerente do programa, fiscal estadual agropecuária Elaine Queiroz , informou que estão previstos cursos em outras regiões do estado. “A capacitação visa atender as diretrizes do Programa nacional de sanidade equidea e é pré-requisito para a habilitação no programa estadual, então devem ser ofertados ainda este ano outros treinamentos durante o ano em outros municípios". 

Doenças de notificação obrigatória 

AIE - A anemia infecciosa equina não tem cura e não existe vacina para prevenir a doença. Uma vez infectado com o vírus, o equídeo pode ir a óbito em até 3 dias.

Mormo - Doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que acomete os equídeos e pode ser transmitida aos humanos pelo contato com animais infectados.