Governo do Estado valoriza artesãos paraenses e garante capacitação e oportunidades
Segundo o IBGE, o setor é responsável por movimentar cerca de R$ 50 bilhões por ano em todo o Brasil
Nesta terça-feira, 19 de março, é celebrado o dia do artesão, segmento importante para a movimentação econômica e valorização da cultura. Segundo o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, o setor é responsável por movimentar cerca de R$ 50 bilhões por ano em todo o Brasil.
O Governo do Pará desenvolve diversas ações para fortalecer e incentivar o escoamento da produção e a qualificação dos artesãos paraenses. Através da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), os profissionais recebem apoio técnico; participam de cursos, oficinas, palestras e têm acesso a cadastros no sistema brasileiro que quantifica e qualifica a demanda desse segmento.
Alexandre Nascimento é mestre artesão e há 36 anos atua na profissão. Ele conta que, atualmente, seu maior objetivo é dar continuidade em sua arte e despertar o interesse também na juventude. "Tudo o que conquistei até hoje, para mim, para minha família e minha casa, foi através do artesanato. Eu possuo este espaço onde construo minhas peças, meus produtos e é aqui que vou conquistando os meus clientes. Desde que eu passei a participar de feiras proporcionadas pela Seaster, não me faltaram mais encomendas, e hoje eu tento despertar o interesse nos jovens a conhecer e também a seguir esse ofício".
Já para Aparecida Matos, artesã do ramo de biojoias, o artesanato lhe trouxe reconhecimento e a permitiu está em lugares que almejava, mas não tinha condições de custear. "Ao longo desses anos foram muitas as lutas, mas também muitas foram as vitórias. Com ajuda da Seaster eu pude sair do Estado, conhecer lugares, culturas e expor meus produtos. Eu sempre digo que quem ainda não conhece o trabalho da Secretaria deve conhecer e aproveitar as oportunidades que são dadas. Eu aproveitei e hoje sou artesã de carteirinha", comentou.
Para garantir a participação em eventos regionais e nacionais e também gerar profissionalização a este público, a Secretaria emite a carteira do artesão. No ano passado, 1.070 carteiras foram entregues e 2 mil artesãos foram beneficiados por meio de ações e serviços. As palestras promovidas pela Seaster tem como principais eixos: noções de precificação, atendimento ao cliente, gestão de negócios e vitrinismo.
"Nós desenvolvemos diversas ações entre cursos, oficinas, palestras e cadastros, todas voltadas para incentivar e qualificar o empreendedorismo e o artesanato paraense. Em 2023 conseguimos atender 11 regiões de integração, incluindo Baixo Amazonas e Xingu. Isso demonstra o compromisso do Estado em garantir política pública, mesmo nas localidades mais distantes. Agora, seguimos preparando grandes ações e projetos para a COP30, de qualificação e de oportunidades para a comercialização dos nosso produtos e para a divulgação da nossa economia criativa que é produzida em nossa terra, que é tão rica em cultura e arte", reforça o titular da Seaster, Inocencio Gasparim.
Muito mais que trabalhadores de artes manuais, os artesãos contribuem para manter a cultura e a valorização da arte a partir de suas localidades. Cada região tem a sua identidade: as técnicas, cores e materiais, que refletem acontecimentos históricos e costumes. São saberes que passam de geração a geração, mantendo o repertório de tradições e histórias que perpassam de geração a geração.