Seaster promove capacitação pra discutir o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes em abrigos dos warao
A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), por meio da coordenadoria de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, realiza entre os dias 11 e 14 uma capacitação com orientações relacionadas ao combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, voltada a gestores e trabalhadores do Suas do município de Belém. Para esta capacitação, os técnicos envolvidos atuam em espaços de acolhimento a famílias de migrantes e refugiados.
Na programação, são debatidos temas que vão desde a parte conceitual, até a contextualização da rede de proteção de enfrentamento, os sintomas físicos, emocionais, cognitivos, sexuais, interpessoais das vítimas, os sinais de alerta e as ações de enfrentamento dentro dos espaços.
Carolina Flexa, assistente social da Seaster, é quem está à frente da capacitação e reforça que a secretaria tem cumprido um papel institucional quanto à responsabilidade firmada por meio do Plano Estadual de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes no Pará.
“A partir desta ação nós temos cumprido com a nossa responsabilidade enquanto Estado, em promover capacitações a gestores e à rede socioassistencial, no que diz respeito a este tema, prestando apoio continuo aos municípios através do monitoramento, assessoramento técnico e formações às equipes”.
A ação previa realização nas 12 regiões do Estado. Teve inicio no ano passado, em municípios que possuem abrigos para migrantes - Marabá, Santarém, Parauapebas, finalizando em Belém.
“Prevenir e enfrentar o abuso sexual. Identificar os casos, encaminhar à rede e combater. É um tema que precisa ser enfrentado e debatido constantemente”, ressalta a assistente social.
Andreia Ribeiro, assistente social da Funpapa, participa da formação e também pontua que as orientações repassadas contribuem no enfrentamento de casos do dia a dia, dentro e fora dos espaços de acolhimento.
“Esse momento é muito gratificante, porque toda a equipe técnica, os educadores, até mesmo os colaboradores da cozinha, que atuam diariamente com os indígenas warao, se deparam com situações de violação de direitos. Nós identificamos algumas situações de violência dentro da realidade deles, de quando eles chegam nos abrigos, e é preciso entender que não é normal, que não deve ser aceito. A equipe precisa desse momento pra entender, identificar os casos e também colocar em prática as ações de enfrentamento”.