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Com oficina de artesanato, pacientes internados no Hospital Metropolitano amenizam o medo da internação

Unidade hospitalar investe em fluxos e rotinas mais humanizadas, com foco no bem-estar dos usuários

Por Alberto Dergan (HMUE)
08/03/2024 20h01

Pacientes internados no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, participaram de uma oficina de artesanato, com supervisão de profissionais de saúde da unidade. Durante a ação, foram compartilhados aprendizados sobre a criação de rosas que podem ser usadas como itens decorativos e enfeites. 

A atividade foi criada pela unidade para amenizar medos e anseios causados pelo período de internação. “Ninguém espera estar internado em uma data comemorativa, longe de casa, dos entes queridos e do trabalho, por exemplo. Então, qualquer ação que minimize sentimentos negativos trazidos pelo período de internação coopera, também, para uma desospitalização mais rápida porque os pacientes se sentem mais animados para lidarem com seus tratamentos”, afirma Samanta Oliveira, terapeuta ocupacional e uma das idealizadoras da ação.

Há 23 dias internada no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), após ter parte do corpo atingido com fogo em um acidente doméstico, a funcionária pública, Nelcy Alves, de 66 anos, se emociona ao agradecer o suporte que vem recebendo na unidade hospitalar, que pertence à rede de saúde do Governo do Pará e é gerenciada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH).

“Eu jamais imaginei estar bem agora para participar de uma atividade como essa aqui no Hospital. Sou muito grata pelo que venho recebendo, com todo esse suporte assistencial. Com cada pessoa que eu converso, sinto uma emoção diferente porque a gente vê o carinho e a vontade que eles têm de colocar o paciente para cima. Só tenho gratidão mesmo”, disse.

Além de diminuir os sentimentos negativos no enfrentamento da recuperação de traumas complexos, como estresse e ansiedade, a atividade busca promover a inclusão, atuando como um processo terapêutico, envolvendo trocas de experiências e ensinamentos.

Débora Alves, 23, acompanha o marido que está em tratamento e participou da atividade. “Me senti muito feliz pela lembrança. Parece algo simples, mas impacta muito na estima porque saímos um pouco do ambiente da internação”, contou.

Acolhimento – A rede de cuidados se estendeu, também, às funcionárias do Hospital. Um espaço para sessão de massagem, pensado pelo Setor de Recursos Humanos (RH), foi aberto para que as profissionais participassem, em celebração ao Dia das Mulheres e ao protagonismo feminino na unidade. Atualmente, 67% de mulheres, em diferentes cargos, compõem o quadro funcional do hospital.

“Eu estava precisando muito de um momento como esse. Estou me sentindo mais relaxada. Foi muito boa a iniciativa do hospital em direcionar esse atendimento para nós que, na maioria das vezes, temos a vida bem corrida, com muitos pacientes. Em diversos momentos, esquecemos de nós para se dedicar ao outro”, comenta a técnica de enfermagem, Antônia Alciele.

O HMUE - Referência no tratamento de média e alta complexidade, em traumas e queimados, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o HMUE dispõe de 208 leitos operacionais nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria, cirurgia plástica, exclusiva para pacientes vítimas de queimaduras, e leitos de UTI.

Somente em 2023, mais 700 mil atendimentos, entre internações, cirurgias, exames laboratoriais e por imagem, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais foram ofertados a pacientes da Região Metropolitana, dos diferentes municípios do Pará e também de outros Estados.