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INCLUSÃO SOCIAL E ECONÔMICA

Empreendedorismo feminino cresce 37% no Pará, entre 2018 e 2023, diz Jucepa

De acordo com a Junta Comercial do Pará, período registra mais de 179 mil empresas em atividades, com mulheres no comando dos negócios

Por Fabíola Uchôa (JUCEPA)
08/03/2024 11h40

Thaiana Medeiros Vieira, empreendedora com empreendimento formalizado junto à Jucepa

Incentivar o empreendedorismo feminino, por meio de qualificações e acesso a linhas de crédito exclusivas, é uma das iniciativas contínuas do Governo do Estado para impulsionar a independência de mulheres paraenses. O percentual de empreendedoras gerenciando empresas aumentou em 37,66% em comparação aos anos de 2018 e 2023. São mais de 179 mil empresas em atividade, registradas nesse período, no Pará, com comando feminino, de acordo com balanço da Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa). 

“As mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho e também é forte a tendência de escolherem o empreendedorismo como forma de inserção na atividade produtiva, gerando riqueza, além de mais empregos e renda em todo o estado”, afirma a presidente da Jucepa, Cilene Sabino.

Em 2024, os três segmentos em destaque, liderados por mulheres, são o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; e de bebidas.

A microempresária Thaiana Vieira, 30 anos, atua, há mais de 8 anos, no ramo de comércio de artigos de vestuário e ressalta que, hoje em dia, as mulheres têm mais oportunidade para empreender. “No começo, senti medo e insegurança, mas nunca desisti do meu sonho em trabalhar no que amo, aumentando a autoestima da mulher com a oferta de roupas que a fazem se sentir confortáveis e lindas. Quero, futuramente, gerar mais emprego para mulheres e incentivar que também comecem a empreender no estado”, ressalta. 

QUALIFICAÇÃO – Por meio da Coordenadoria de Empreendedorismo e Economia Solidária, a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) presta assessoramento a empreendedoras do Pará, com palestras e capacitações gratuitas relacionadas a abertura de negócios, precificação e as demandas de mercado, além de viabilizar a participação em eventos de comercialização, dentre eles, as feiras regionais de pequeno, médio e grande porte. Em 2023, a Seaster lançou o projeto “Só D’Elas” com uma série de atividades formativas voltadas a mulheres empreendedoras, com o intuito de impulsionar negócios. 

Natália de Souza, mulher beneficiada com a linha de crédito Empodera, do Banpará

Maria José Sena, que atua no ramo da gastronomia e do artesanato, é uma das mulheres beneficiadas com as qualificações ofertadas pela Seaster. “Foi através das capacitações da secretaria que muita coisa mudou na minha vida. Se hoje eu tenho uma renda para o meu sustento devo à Seaster. A ajuda dos técnicos que lá estão batalhando dia a dia pelo povo do artesanato e os conhecimentos compartilhados sobre como vender e precificar os nossos produtos foram essenciais na minha caminhada”, celebra. 

EMPODERA – Mais de 5,3 mil mulheres já foram atendidas pelo "Empodera", linha de crédito, criada em 2021, pelo Banco do Estado do Pará (Banpará), com condições especiais, para ajudar microempreendedoras e seus negócios. Somente em 2023, mais de 2 mil mulheres foram atendidas, o que representa mais de 9 milhões de reais liberados pelo Governo para o estímulo à independência financeira de mulheres. 

“O Empodera é exemplo inspirador de como um setor financeiro pode desempenhar um papel crucial na promoção do empoderamento feminino, com o estímulo ao crescimento sustentável das comunidades, que é o que evidenciamos cada vez mais com o desenvolvimento do Banpará e a presença social do banco. Queremos criar um contexto favorável para que as mulheres alcancem prosperidade como líderes e empreendedoras do mercado paraense”, pontua Ruth Méllo, presidente do Banpará.

Moradora do bairro da Cabanagem, em Belém, a empreendedora Natália de Souza é uma das mulheres já contempladas com a linha de crédito Empodera. “Trabalho com bolos, doces, salgados, tenho uma mini confeitaria. Já atuava nesse ramo quando eu consegui o crédito do Banpará, que me ajudou a comprar alguns utensílios que eu precisava, como um freezer e uma fritadeira elétrica. Até hoje tem me ajudado muito e isso aumentou as minhas vendas, porque eu tenho mais condições de fazer mais encomendas em casa. Só tenho a agradecer”, conta.