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PLANO EMERGENCIAL

Sespa elabora estratégias para reduzir os casos de malária

Por Redação - Agência PA (SECOM)
30/01/2018 00h00

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou na manhã desta terça-feira (30), no auditório do Hotel Princesa Louçã, uma reunião para discutir e colocar em prática o Plano Emergencial no combate à malária no Estado, elaborado em conjunto com os municípios com maior índice da doença. As ações serão tomadas a partir de fevereiro. Como medida de apoio às ações dos municípios, a Sespa repassará  combustível e  caminhonetes para reforçar o trabalho das equipes de vigilância. A Secretaria também disponibilizará motocicletas, insumos e microscópios, além de investimento em capacitações dos profissionais de saúde que atuam nas atividades de combate à malária.

Os municípios de maior incidência de malária são os que a abrangem o 7º, 8º e 13º Centros Regionais de Saúde (CRS): Afuá, Chaves, Cachoeira do Arari, Muaná, Ponta de Pedras, Santa Cruz do Arari, Soure, Salva Terra e São Sebastião da Boa Vista, Breves, Anajás, Bagre, Curralinho, Gurupá, Melgaço e Portel, Cametá, Baião, Oeiras do Pará e Limoeiro do Ajuru. Na reunião estiveram presentes os secretários municipais de Saúde, prefeitos e representantes de cada um.

“O Estado não medirá esforços para combater a malária. Mas também contamos com o apoio dos municípios por meio de suas ações e no repasse de informações. Essa reunião será realizada a cada três meses até o final do ano para uma avaliação das ações”, disse o secretário estadual de Saúde Pública, Vitor Mateus.

Índices – Os dados constam que até 2015 o número de casos de malária vinha caindo no Estado, passando de 183.646, em 2010, para 11.266 casos em 2015. No entanto, um incremento da doença foi registrado a partir de 2016, com um total de 14.495, e que se estende até o momento com um total de 36.382 casos, com mais prevalência em Bagre (7.421), Anajás (5.817), Oeiras do Pará (5.545), Curralinho (4.178), Itaituba (2.072) e Portel (1.621), já representando um aumento de 40,5% em relação ao ano passado.

“Elaboramos esse Plano Emergencial para intensificar as ações nas regiões ribeirinhas desses municípios. Por isso estamos aportando recursos adicionais para intensificar essas ações de campo, como combustível, medicamentos, inseticidas, suprimentos e outras estratégias para diminuir a transmissão da malária no estado”, explicou Vitor Mateus.

Para  Charles Tocantins, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Pará (Cosems-PA) e secretário de Saúde do município de Cametá, a reunião ajudou a traçar um acordo de ações entre o estado e os municípios. Ele disse que o trabalho no combate à malária é muito oneroso e com um maior aporte do estado a situação será viabilizada com mais facilidade. “A reunião nos ajudou a fixar algumas estratégias concretas que visam diminuir e prevenir o crescimento da malária nas regiões do Marajó",  finalizou.