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Workshop discute estratégias para a cadeia produtiva de sementes no Pará

Participação de diferentes setores da sociedade enriqueceu os debates e contribuiu para a construção de soluções mais abrangentes e eficazes

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
27/02/2024 21h29

A “Estratégia de Rede de Sementes no Território Paraense” foi tema, nesta terça-feira (27), do workshop promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). O evento buscou apresentar o projeto, discutir e levantar informações acerca do panorama da rede produtiva de sementes no Pará, a fim de fortalecer a gestão e organização dessa cadeia.

A programação ocorreu de maneira híbrida, a partir de Belém, o que possibilitou aos interessados acompanharem as discussões de todo o estado. A diversidade de participantes, incluindo representantes de instituições governamentais, organizações não governamentais, lideranças comunitárias e pesquisadores, enriqueceu os debates e contribuiu para a construção de soluções mais abrangentes e eficazes.

Vale destacar que a estratégia em questão está sendo elaborada pelo Ideflor-Bio, com o apoio do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), por meio do projeto “Semeando Vida: Rede de sementes, estratégia de organização e gestão para apoio à cadeia da restauração em florestas públicas do Estado do Pará”, financiado pelo Fundo da Amazônia Oriental (FAO). O projeto representa um passo importante na promoção da conservação ambiental e no fortalecimento da produção de sementes nativas na região.

Durante o workshop, foram abordados temas como a importância da conservação da biodiversidade, a valorização das sementes nativas, a organização da cadeia produtiva de sementes e os desafios e oportunidades para o setor. As discussões foram fundamentais para a troca de experiências e conhecimentos, possibilitando a construção coletiva de estratégias que promovam o desenvolvimento sustentável da região.

Cooperação - A participação ativa dos envolvidos na programação demonstra o engajamento e o interesse da sociedade paraense em contribuir para a conservação do meio ambiente e o fortalecimento da cadeia produtiva de sementes. A união de esforços entre diferentes atores, incluindo instituições públicas, privadas e do terceiro setor, é essencial para o sucesso e a efetividade das ações voltadas para a sustentabilidade ambiental.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, avaliou que o workshop foi um passo importantíssimo na consolidação da implantação da rede de sementes no Pará. Além disso, ele acredita que o compartilhamento de informações entre os participantes pode gerar mais adeptos e parceiros nesse trabalho em prol do meio ambiente. 

“É preciso chamar a todos os que têm condições de participar, de contribuir, para que se possa definir exatamente os problemas, as potencialidades, encontrar os caminhos. Não é um trabalho a ser feito a curtíssimo prazo, é uma soma de contribuições e esse workshop tem exatamente essa finalidade. Foi muito bom já ouvir aqui as ansiedades, as críticas, as cobranças e as proposições. Com certeza, este é um trabalho de construção necessário, porque esta é uma causa absolutamente fundamental para o Pará, para o Brasil e para o mundo”, pontuou. 

Mapeamento - A analista socioambiental do IEB, Débora Pires, aponta que uma das grandes problemáticas da restauração de áreas degradadas são as sementes. Neste sentido, o workshop serviu para mapear instituições que podem contribuir com o projeto. 

“Hoje recebemos aqui pesquisadores de instituições de pesquisa, ensino e tecnologia, lideranças de base comunitária e, também, representantes do Governo do Estado. Todos já executam políticas públicas e, por isso, o encontro serviu para entender de que forma a rede pode unir tanto o conhecimento técnico-científico, quanto às ações do Estado. Além disso, a programação buscou ouvir as necessidades e de que forma as lideranças das comunidades enxergam a cadeia da restauração e de coleta de sementes dentro dos seus territórios”, detalhou.

Oportunidades - Para a gerente de Projetos do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Andréa Mello, a vinda da Conferências das Partes sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, para o Pará, está trazendo luz para os grandes desafios que o estado enfrenta. 

“Quando a gente olha para os desafios de restauração, por exemplo, criar uma rede de sementes é fundamental para termos as bases para a implementação da restauração. Não é só comprar fora sementes ou de organizações muito mais estruturadas, mas olhar para quem está aqui no território, fazendo a diferença. É por isso que o Funbio está dentro desse apoio junto com a FAO, que é por meio deles que estamos aqui no território amazônico, para apoiar essas iniciativas”, enfatizou.