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Abelardo Santos produz mais de 3 mil órteses para adultos e crianças, em um ano

Unidade hospitalar garante órteses de neoprene e melhora qualidade de vida de pacientes em Icoaraci, distrito de Belém

Por Ascom (Ascom)
27/12/2023 10h31

O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, em Belém, produz dentro da unidade órteses que contribuem para a melhora da qualidade de vida de bebês internados. A terapeuta ocupacional do HRAS, Danielle Ferreira, explica que o objetivo das órteses é sempre proporcionar o melhor cuidado possível. Ela lembra que recentemente enfrentou um desafio significativo ao lidar com um bebê que apresentou anóxia neonatal, (ausência" de oxigênio), durante um parto crítico. Porém, após avaliação da equipe médica, foi observado hipertonia (aumento anormal no tônus da musculatura) nas mãos e um padrão adutor de polegar que poderiam impactar o desenvolvimento futuro.

“Ao chegar na enfermaria pediátrica optamos por criar uma órtese de posicionamento funcional para a mão. Utilizamos neoprene de 1,5 mm, que é um material diferente do convencional e respeita a anatomia da criança. Essa órtese não apenas busca prevenir encurtamentos musculares, mas também permite que os músculos permaneçam alongados, favorecendo a posição funcional do membro. O diferencial do material utilizado, é que ele oferece liberdade de movimento ativo, crucial para o desenvolvimento saudável dos nossos pacientes”, detalhou.

Quem também notou os resultados positivos, foi Samira Valentina Souza, mãe da criança. Ela está com a filha na unidade desde o dia 3 de novembro. “Ela nasceu aqui e teve anóxia, ficou mais de 15 dias na UTI neonatal e depois quando teve melhora viemos para a enfermaria pediátrica. Eu gostei bastante da órtese, senti que a mão dela abriu bastante e não está fechando tanto. Eu pegava a mão e levava até a cabeça, e antes ela não conseguia, e agora vejo que já consegue”, observou. 

Atuação da Equipe
O serviço começa pela avaliação do paciente. Em seguida, os profissionais verificam as medidas, passam para o molde e testam no usuário. Apenas depois dessas etapas é feita a confecção do material. Quando a órtese fica pronta, ela é testada no paciente. Caso tenha algum ponto de pressão, o material é reajustado. Se não for necessário, ela já é entregue para uso. Em um ano, foram produzidas 3.619 órteses, cerca de 276 por mês, que beneficiaram pacientes das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, pediátrica, adulto e neste o serviço ainda foi ampliado para as enfermarias pediátricas.

“Nossas órteses são de descompressão com o objetivo de prevenção de lesão por pressão e deformidades, atendem a uti adulto e pediátrica. E agora estamos atendendo com as nas enfermarias pediátrica  Nossas órteses de neoprene são de descompressão com objetivo de prevenção de lesão, e além disso de baixo custo e acessível para todos. O uso não interfere de maneira negativa a integridade da pele do bebê, por ser um material macio, que é possível moldar de acordo com a anatomia de cada paciente. Neste sentido, é possível promover o posicionamento funcional da criança, prevenir encurtamentos musculares e possíveis contraturas”, pontuou Layane Sena,terapeuta ocupacional residente do HRAS. 

A diretora assistencial Renata Oliveira, explica que diante do longo período de hospitalização, o serviço da terapia ocupacional do HRAS atua de forma preventiva a possíveis alterações motoras e visando a independência dos pacientes. “Essas órteses conseguem se moldar de acordo com a necessidade do paciente, auxiliando-o na recuperação. O acessório é leve e confortável, proporcionando a liberdade de movimentos e amenizando as sequelas futuras na pessoa”, frisou. 

Serviço
O HRAS é referência do governo do Estado, em alta complexidade, pediatria e assistência à saúde da mulher. A instituição é administrada pelo Instituto Mais Saúde em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O complexo tem cinco salas de pré-parto, parto e pós-parto (PPPs), sendo uma delas, estruturada com uma banheira exclusiva aos procedimentos humanizados, na linha de cuidados progressivos.