Estado faz audiência pública para a construção da Avenida Liberdade, última etapa para o licenciamento e início das obras
Projeto de 13,40 Km de extensão terá três faixas em cada sentido e pretende acabar com os congestionamentos na entrada e saída rodoviárias da Região Metropolitana de Belém (RMB)
O Governo do Estado, por meio das Secretarias Estaduais de Transportes (Setran) e de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), promoveu a audiência pública nesta quarta-feira (20), do projeto de construção da Avenida Liberdade, via expressa que colocará fim nos congestionamentos na entrada e saída rodoviárias da Região Metropolitana de Belém (RMB). Essa é a última etapa para o licenciamento e início das obras.
O evento contou com a participação de representantes da sociedade civil no auditório da Universidade da Amazônia (Unama), em Ananindeua. A construção da nova avenida quer pôr fim aos congestionamentos na entrada e saída rodoviárias da Região Metropolitana de Belém (RMB). Trecho da capital paraense que atrai a média de 100 mil veículos por dia.
Participaram do evento representantes do Ministério Público do Estado, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Prefeitura de Ananindeua e do quilombo do Abacatal, cujo traçado da rodovia estará próximo da vicinal de acesso à comunidade.
O titular da Setran, Adler Silveira, fez a apresentação do projeto da rodovia, detalhando os projetos executivo e ambiental. Segundo ele, a avenida terá 13,40 quilômetros de extensão, com três faixas em cada sentido, sendo cada faixa com largura de 3,60 metros e acostamentos com largura de 2,50 metros para cada lado, com faixas exclusivas para motociclistas e ciclistas, totalizando 28, 5 metros de largura.
Compromisso com o meio ambiente
“Este é um momento de diálogo, para ouvir a sociedade, se colocar no lugar do outro e agregar essas percepções ao processo. O projeto da Avenida Liberdade é de uma via expressa, ou seja, uma via cercada e reservada que não induz ocupações às margens da via. Ficou acordado na reunião que iremos realizar, a partir de janeiro, planos de consultas junto às comunidades envolvidas, de forma que a avaliação de impacto social esteja assegurada no processo de avaliação global do projeto, a ser feita pelo órgão ambiental”, explicou o secretário-adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos.
De acordo com a Setran, a avenida terá novo traçado, reduzindo em quase 30% a supressão vegetal que seria necessária com o traçado original. A via sairá da avenida Perimetral, próximo ao linhão da Eletronorte, passando por áreas da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) - onde terá um muro para amenizar o ruído de trânsito - da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Ideflor-Bio, seguindo até a Alça Viária, na altura do aterro sanitário de Marituba.
A secretaria também informou que a avenida, na prática, será um corredor viário com velocidade máxima de 100 quilômetros por hora. Ela terá três viadutos nas áreas da UFRA, das Centrais de Abastecimento do Estado do Pará (Ceasa), Cosanpa e uma ponte sobre o Igarapé Aurá.
Conforme a Setran, a construção de uma via expressa que possibilite um fluxo contínuo e rápido de veículos, com maior segurança deve reduzir a taxa de acidentes de trânsito que ocorrem na avenida Almirante Barroso/BR 316, onde circulam mais de 23 mil veículos por dia.
“O tempo de deslocamento, que hoje é de cerca de 52 minutos, entre a BR-316 até a Alça Viária, será reduzido para 12 minutos pela Avenida Liberdade, assim como a emissão de gás carbônico (CO²) terá uma redução de 17.7 toneladas por ano, equivalendo a uma floresta equivalente a 45 estádios do Mangueirão em área verde não afetada”, afirmou o titular da Setran, Adler Silveira.
O estudante de Engenharia Civil, da Universidade Federal do Pará, Renan Batista Macedo, que participou dos debates da Audiência Pública, detalha que a construção da Avenida Liberdade é extremamente importante para a sociedade. "Ela atende as demandas econômicas, travessias de mercadorias, como alimentos. No mais, a qualidade de vida é outra com a implementação. Questões de transporte, que envolve o ir e vir da sociedade", finalizou.