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DIA DO FONOAUDIÓLOGO

Avanços tecnológicos e recursos terapêuticos em fonoaudiologia foram destaque durante programação no HOL

Por Leila Cruz (HOL)
20/12/2023 17h16

O Hospital Ophir Loyola (HOL) encerrou, nesta quarta-feira (20), a programação científica e cultural alusiva ao Dia do Fonoaudiólogo, celebrado no último dia 9 de dezembro. Com o tema “Conquistas e Desafios do Fonoaudiólogo no Estado do Pará”, o evento reuniu acadêmicos profissionais da área no auditório Luiz Geolás e no Ginásio da Universidade Estadual do Pará (Uepa).

Coordenadora da Divisão de Fonoaudiologia, Cláudia Martins explica que o encontro divulgou os serviços  do hospital nas diferentes áreas de atuação de alta complexidade, “assim como as conquistas durante os 23 anos de existência do serviço, como a aquisição de próteses laríngeas e a oferta de exames audiológicos, intensificação do serviço e a promoção da residência que é multiprofissional dentro do hospital”. 

O Pará, por meio do Hospital Ophir Loyola, foi pioneiro na inserção do fonoaudiólogo hospitalar e a incluir o profissional na equipe multidisciplinar. O Estado também foi o primeiro a ofertar esse curso numa universidade pública e, como precursor dessa área de saúde, através dos Hospitais de Ensino, busca contribuir com o conhecimento coletivo e capacitar a mão de obra para atuar na região.

“Além do nosso staff, reunimos profissionais de outros hospitais públicos e privados para a realização das palestras. Também trouxemos o Sávio Bastos, que é referência no Brasil em fotobiomodulação, um recurso terapêutico que utiliza um estímulo luminoso de baixa intensidade na reabilitação do paciente, ou seja, uma inovação científica na nossa área”, destacou Cláudia Martins.

Os palestrantes destacaram as diferentes intervenções empregadas a fim de minimizar sequelas decorrentes das doenças de base na deglutição, fonação e linguagem, além de promover reabilitação das funções e a qualidade de vida  em diferentes perfis de pacientes. 

Durante a palestra “Reabilitação Vocal em Laringectomizados Totais”, Brena Habib e Marilu Wakimoto discorreram sobre as modalidades terapêuticas na reabilitação vocal depois de retirada a laringe, tais como a voz esofágica, laringe eletrônica e a prótese traqueoesofágica. “Apontamos ainda a reabilitação pulmonar com uso de filtros e adesivos, os recursos utilizados na reabilitação fonoaudiológica como laser, bandagem e eletroestimulação. A nossa atuação ajuda a devolver a comunicação a todos aqueles que não tem voz e tirá-los do silêncio”, enfatizou Brena Habib.

A fonoaudióloga Flávia Monteiro, que atua na clínica de neurocirurgia do HOL, compartilhou sobre o tripé do atendimento: prevenção, modificação e conforto. Segundo a especialista, é possível prevenir sintomas e amenizá-los, assim como modificá-los a partir da intervenção cirúrgica e proporcionar o conforto no pós-cirúrgicos, quando ocorrem sequelas. 

“A prevenção impede algumas alterações ou ameniza situações antes das cirurgias, enquanto a modificação ocorre no pós-cirúrgico com o emprego da reabilitação, desmames dos dispositivos ou terapias. Já o conforto é proporcionado caso ocorram sequelas. Quando não é possível modificá-las, é realizada uma adaptação mais próxima possível do funcional e confortável para esse paciente. Treinamos ainda os pacientes para responderem aos nossos comandos em procedimentos com monitorização das funções do cérebro em tempo real, com o intuito de não terem alterações das funções, como a linguagem e a fala”, concluiu.