Governo e cadeia da pecuária definem estratégias para rastreabilidade bovina
Presidido pela Adepará, o Conselho Gestor será responsável pela gestão estratégica, financeira e operacional do programa estadual
O Grupo de Trabalho do Programa Estadual de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia da Pecuária, instituído pelo Governo do Pará, se reuniu na tarde desta terça-feira (19), a fim de definir os integrantes do Conselho Gestor, segundo decreto do governo estadual.
O encontro ocorreu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), em Belém, com representantes da Federação, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (Seaf) e Indústria da Carne e Terceiro Setor, que são do Grupo de Trabalho.Participantes da reunião na sede da Faepa
O Conselho Gestor, presidido pela Adepará, será responsável pela gestão estratégica, financeira e operacional do programa.
Durante o encontro foram sugeridos outros cinco representantes, que também irão compor o Conselho - sociedade civil, segmento da carne, produtor rural, agricultura familiar e organização não governamental. A definição será do governador do Estado.
Plano estratégico - O diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, apresentou um plano estratégico para o desenvolvimento do programa, elaborado pelo Setor Técnico da Adepará, e explicou mais sobre esse processo. Ele também mostrou toda a estrutura da Agência, que será responsável pelo desenvolvimento da rastreabilidade.
“A rastreabilidade não será construída apenas pelo governo do Estado. Ela tem a participação da indústria, dos produtores, do Terceiro Setor, da sociedade civil. É uma política pública que será construída por diversas mãos. É assim que deveremos obter o grande sucesso deste programa”, disse o diretor-geral da Adepará.
Segundo o plano estratégico da Agência, o desenvolvimento do programa será dividido em três fases, iniciando nos locais com maior número de rebanho, e finalizando na região mais específica, como o Arquipélago do Marajó. A metodologia também foi apresentada, assim como os tipos de animais que serão rastreados inicialmente. O diretor também indicou os municípios-piloto. A previsão é iniciar o processo em 2024.
“O programa possibilita a identificação individual do animal, e traz dentro outros benefícios, o melhor controle da gestão das propriedades rurais, abertura de mercado e o compromisso do Estado na regularização ambiental e fundiária das propriedades rurais”, explicou Jamir Macedo.
Rastreabilidade - O programa foi idealizado pelo Governo do Pará e visa obter o controle efetivo do trânsito de cada animal que circula pelo território paraense, tendo como pilar a rastreabilidade do gado, a fim de preservar a cadeia em todas as fases, da produção à comercialização. Caberá à Agência de Defesa a normalização do processo.
A Adepará já elaborou um plano estratégico para o trabalho. Após aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o plano será implementado no Estado. O cronograma prevê o início em 2024 e a finalização em 2026, para que todos os animais sejam identificados.
A iniciativa também será vinculada aos demais programas ambientais já implantados, garantindo o desenvolvimento da cadeia e a qualidade do rebanho, promovendo sustentabilidade e aumentando a produtividade e renda dos produtores.
O processo de rastreabilidade será essencial para manter a preservação sanitária do rebanho, principalmente após a última vacinação contra a febre aftosa, prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2024.