Alunos da rede pública usam grafite para compor espaço de escola estadual
Um dos principais papéis da arte na educação é fomentar a criatividade e a imaginação, além de possibilitar que as pessoas possam se expressar. Foi com essa intenção que a Escola Professora Jorge Lopes Raposo, em Icoaraci, desenvolveu o projeto de grafite “Conexão Amazônia”. Com produções de desenhos relacionados à temática sobre a Amazônia, na quinta-feira (14), os alunos do 1° e 2° ano do Ensino Médio, participaram da confecção colaborativa de grafite nos muros da unidade escolar.
O projeto teve como intuito sensibilizar os alunos sobre a importância da Amazônia em suas vidas, promovendo o respeito pelo meio ambiente e pela rica cultura regional. Além disso, busca incentivar a expressão artística como uma forma de reflexão sobre a própria identidade e visão do futuro na região amazônica.
“O projeto para mim, que gosto da arte, foi super libertador, ainda mais dentro da escola, que é um lugar que pouco chama, assim, a atenção dos alunos, para outras coisas. E o projeto envolveu todo mundo da escola, para a arte, todo mundo quis pôr seu desenho, a experiência de ter um artista renomado, que é o And Santtos, particularmente, aprendi muita coisa com ele, com o projeto. Foi uma coisa que nunca imaginei que ia ter dentro da escola”, disse Lucas Lima Guimarães, aluno.
O “Conexão Amazônia” iniciou com uma palestra do artista visual And Santtos na escola, no mês de outubro, deste ano. Neste primeiro momento, o artista ministrou oficinas de grafite e pintura no período de execução do projeto. Além de compartilhar sua jornada desde a infância, no município de São Caetano de Odivelas, até se tornar um profissional renomado na cena artística.
Posteriormente, os alunos realizaram pesquisa sobre a temática do projeto, que é a Amazônia, e começaram a produzir os desenhos e iniciaram a pinturas dos mesmos nas áreas da escola.
“Quando os professores falaram na minha sala o que iria exatamente acontecer nesse projeto, eu particularmente fiquei muito ansiosa e feliz que a gente iria renovar a escola, porque fazia muito tempo que a gente não tinha tido uma atividade tão dinâmica assim. Era só aula, prova, aula e prova. E com toda aquela pressão de final de ano, de quarta avaliação, de vestibular, e até o terceiro ano que vem, esse projeto se tornou meio que uma forma mais terapêutica. Eu creio que não só para mim, mas para vários alunos que participaram. Nos foi ensinado várias técnicas, vários jeitos de pintar, e cada desenho lindo, o que serviu para nos expressar. Todas as escolas deveriam tentar fazer algo parecido, porque eu tenho certeza que os alunos terão um ótimo desenvolvimento”, conta Juliana Caldeira, aluna.
Sobre o Projeto – A iniciativa foi desenvolvida pelas professoras Helioneth Lisboa e Lorena Rodrigues, com o apoio dos professores de Projeto de Vida, Artes e Educação Física, além da parceria com o artista visual And Santtos, que é reconhecido por sua técnica única, chamada de odivelismo, que mescla influências estéticas e culturais de sua terra natal com tradições pictóricas europeias.
A educadora Helioneth Lisboa, professora idealizadora do projeto, ressalta da importância de ter desenvolvido uma grande ação de pintura na escola. “O projeto envolveu os alunos e mostrou a importância da preservação também do espaço escolar, que hoje não tem mais pichações na escola e sim desenhos produzidos e pintados pelos próprios alunos. Foi uma ação muito gratificante que envolveu todas as turmas 1° e 2° anos”, disse a professora.
“O projeto não só ajudou o aluno a compreender a sua relação com a Amazônia, mas também os capacitou como cidadãos conscientes e engajados em preservar o patrimônio escolar e ao mesmo tempo fortalecer o respeito pelo ambiente escolar”, finaliza a professora Lorena Rodrigues.
Texto: Bianca Rodrigues - Ascom/Seduc
