Emater orienta famílias de Marituba para alimentação mais barata e mais saudável

Há cerca de cinco anos, a família Lima-Barbosa, moradora de Marituba, na Região Metropolitana de Belém (RMB), deixou de comprar vitaminas em pílulas nas farmácias para consumir vitaminas diretamente pelos alimentos que colorem os pratos de cada refeição.

Por meio de capacitações promovidas pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com a Escola de Atividade Complementar - EAC Fazendinha Esperança  (conhecida como “Fazendinha”), a culinária do dia a dia na residência situada no bairro São Francisco vem sendo reforçada com adaptações de ingredientes convencionais e uso de cascas, talos e sementes.

Algumas das receitas inovadoras são bife de casca de banana, farinha de pupunha, empanado de flor de jerimum e  “refrigerante natural”, com frutas cítricas in natura. 

“Refrigerante industrializado não entra mais na minha casa. Eu aprendi o quanto faz mal e o quanto pesa no nosso bolso. Posso dizer com garantia que informação é o principal poder que podemos alcançar, porque informação é a chave das nossas decisões”, comenta a artesã Laucenir Lima, de 43 anos.

Ela reveza com o marido, o sonoplasta Joelson Barboza, também de 43 anos, e com o filho mais velho deles, Victor Charles, de 21 anos, o comando do fogão. Na mesma mesa sentam-se, ainda, o caçula, Gerson, de 13 anos, e a mãe de Laucenir, sogra de Joelson e avó dos meninos, Maria Raimundo Lima, de 63 anos, dona-de-casa. 

Na quarta-feira (13), Laucenir e mais 18 mulheres da zona periurbana de Marituba receberam certificados de participação continuada em cursos e oficinas promovidos pela Emater ao longo do ano de 2023.

Entregues em solenidade realizada na sede da Fazendinha, no bairro Nova União, os documentos registram pelo menos 60 horas de aulas teóricas e práticas sobre aproveitamento integral de alimentos e precificação de produtos na hora de vender. 

De acordo com a responsável pelo Projeto da Emater, Gilma Luzia Silva, técnica social e pedagoga, o objetivo é ecológico, socioeconômico e nutricional: “São práticas viáveis, acessíveis, que diminuem o lixo da cozinha, economizam no orçamento doméstico, melhoram a saúde e fazem ganhar dinheiro”, considera. 

Planejamento

Em janeiro, Emater e 25 mulheres atendidas pelo escritório local do Órgão em Marituba decidirão em reunião presencial as metas e interesses para as capacitações alternativas de 2024. O público imediato é dos bairros São Francisco e União. 

Texto de Aline Miranda