Polícia Civil prende oito investigados por criar perfis falsos e aplicar golpes do “falso parente”
A Polícia Civil do Pará prendeu preventivamente oito investigados por integrarem uma associação criminosa atuante nos Estados de Mato Grosso e Goiás, voltada à prática de crimes patrimoniais por meio de perfis falsos criados em aplicativo de conversas. A operação denominada “Ludibrio”, que teve início na última sexta-feira (08), foi coordenada pela Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernético (DECCC), com objetivo de cumprir 30 ordens judiciais contra suspeitos de envolvimento nos crimes de estelionato mediante fraude eletrônica e associação criminosa.
Segundo a delegada Vanessa Lee, a modalidade investigada pela PCPA é conhecida por “golpes do falso parente”, que acontece quando os criminosos assumem identidades falsas para pedir dinheiro via PIX.
“A associação criminosa, com atuação interestadual, fazia uso de um aplicativo de conversas e se passava por parentes ou pessoas próximas das vítimas, solicitando transferências financeiras, via PIX, no golpe conhecido como 'falso parente'. A investigação identificou que entre os meses de março a julho de 2022 um grupo criminoso estava fazendo vítimas no Estado do Pará, cujo prejuízo financeiro girou em torno de R$ 95 mil”, contou a diretora da DECCC.
Integração - Os trabalhos investigativos encerrados na terça-feira (12), para cumprir 14 de mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão domiciliar, foram expedidas pelo Poder Judiciário do Pará (TJPA), tiveram atuação efetiva de servidores da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados Por Meios Cibernéticos (DCCEP), vinculada a (DECCC), com apoio operacional das Polícias Civis dos Estados de Goiás (GO), Mato Grosso (MT) e Paraíba (PB).
“Esse resultado foi possível graças ao apoio e integração com outras unidades de Polícia Judiciária da federação. Ainda durante a investigação, foi apurado que o grupo também fez vítimas nos Estado do Rio de Janeiro (RJ). Alguns de seus integrantes já possuem registros criminais por outros crimes patrimoniais, como furto qualificado e receptação, assim como passagens pelo crime de tráfico de drogas”, contou o delegado João Amorim, titular da DCCEP.
De acordo com o delegado-geral Walter Resende, além das ordens judiciais de prisão e busca e apreensão, foi determinado judicialmente o bloqueio de valores identificados durante as investigações como suspeitos. “A integração com a PCRJ também foi importante para nossas investigações, pois a associação criminosa fez vítimas por estelionato na região, todos com o mesmo perfil. Outras diligências serão realizadas para localizar e prender outros investigados”, disse o gestor.
A ação é resultado do compromisso da Polícia Civil do Estado do Pará que, por meio de integração e cooperação com outras polícias, busca avançar e combater crimes patrimoniais praticados no ambiente cibernético, identificando grupos envolvidos nessas práticas criminosas em outras unidades federativas.