Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
EM CINCO ANOS

Pará mantém redução na criminalidade violenta letal e preserva mais de 6 mil vidas

Ações de inteligência e aumento de efetivo se juntam às políticas públicas de cidadania, concretizadas nas Usinas da Paz, para reduzir a violência

Por Roberta Meireles (SEGUP)
07/12/2023 20h57

O Pará mantém, pelo quinto ano, a redução dos indicadores de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que reúnem dados de homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. A queda significa a preservação de mais de 6 mil vidas, configurando outra realidade na comparação aos anos anteriores, que registraram por ano mais de 4 mil mortes violentas.

Os dados são atestados pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), e ainda por estudos nacionais que evidenciam resultados significativos no Pará.Reforço no efetivo integra estratégias de combate à criminalidade

No quinto ano da atual gestão, dezembro já iniciou com redução de 50% nas ocorrências de CVLI, no período acumulado entre janeiro e novembro, se comparado ao mesmo período de 2018, e ainda de 30,24% e 14,30%, respectivamente, em comparação ao mesmo período de 2019 (primeiro do atual governo) e ao ano passado, 2022. Com a preservação de mais 1.800 vidas em relação a 2018, quando foram registrados 3.754 casos de CVLI.

Em números absolutos, de janeiro a novembro de 2023 foram registrados 1.894 casos de crimes violentos letais intencionais, enquanto em 2019 e 2018 foram computados, respectivamente, 2.715 e 3.754, em todo o Estado.

Transformação na capital - Belém já foi classificada como a capital com mais mortes violentas do País, segundo o Atlas da Violência de 2018, e também a 12ª cidade mais violenta do mundo em outro estudo do mesmo ano. Em 2023, a nova realidade já mostrava Belém como a sétima capital mais segura do Brasil, segundo levantamento do “My side”, especializado em investimentos mobiliários.

De acordo com os dados analisados pela Siac, em 2018 foram registrados 911 crimes violentos letais intencionais em Belém, reduzindo consecutivamente entre 2019 e 2022, ao computar, respectivamente, 461, 308, 267 e 265 ocorrências dos mesmos delitos, apontando redução de 68% se comparado ao período de 2018 a 2022.

A capital paraense também chegou a computar 30 mortes violentas em cerca de 24 horas em 2017. Atualmente, há bairros com mais de 90% de redução no CVLI, como a Cabanagem, que foi contemplada pelo Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), implantado pelo governo do Estado.

Segundo os dados da Siac, os bairros contemplados pelo TerPaz reduziram, em média, 86,42% os crimes violentos letais intencionais (CVLI). Os números são referentes ao comparativo dos oito primeiros meses de 2018, antes da implantação do Programa, com o ano de 2023, já com a presença das Usinas da Paz nos bairros da Região Metropolitana de Belém.

Os dados apresentados mostram que os bairros contemplados pelo TerPaz em Belém, como Jurunas e Condor, reduziram em 88% os CVLI, enquanto no bairro Cabanagem a queda foi de 94%; no Bengui, 93%; Guamá, 69%, e Terra Firme, 82%.

Antes e depois - O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, enfatizou que quando se fala em segurança pública é importante que a população saiba o antes e o depois, para conhecer a realidade e as ações realizadas em prol da paz social e segurança de todos.

“Quando assumimos a gestão da segurança pública, sabíamos qual era a realidade que o Estado vivenciava, com homicídios em série, a figura do carro prata em que toda a população, principalmente na capital, temia, roubo a banco quase que semanalmente e vários outros crimes, como arrastões em pontos específicos das grandes vias da Região Metropolitana. Diante de todo esse cenário, viemos trabalhando com estratégias de segurança focadas na presença policial, forte visibilidade da polícia, ações qualificadas e investigativas da Polícia Judiciária, e também o controle penitenciário, para que evitássemos a série de fugas e rebeliões nos presídios do Pará. Hoje é uma realidade totalmente diferente, como resultado desse trabalho que iniciamos em 2019”, afirmou Ualame Machado.

O titular da Segup destacou, também, que em relação aos crimes violentos letais, “quando assumimos, o Pará tinha uma média de 54 mortes por 100 mil habitantes no ano. Hoje, essa média baixou para cerca de 30 mortes, que reconhecemos ser uma média ainda alta. Entretanto, é quase metade daquilo que recebemos. Em termos de números, eram mais de 4 mil mortes no ano, e estamos chegando ao final de 2023 com a metade, ou seja, mais de 2 mil vidas preservadas. E seguimos trabalhando para que esse número seja cada vez menor. Em Belém, por exemplo, a cada 100 mil pessoas, 70 eram vítimas de crimes violentos letais. Hoje, essa média baixou para 14. Além disso, a capital vivenciou em janeiro de 2017, em cerca de 30 horas, mais de 30 mortes. Portanto, isso demonstra o quanto avançamos, garantindo a segurança da população, avaliando os indicadores diariamente e trabalhando intensamente para melhorar, cada vez mais, a segurança em todo o Pará”, assegurou Ualame Machado.

Tendência de queda - Seguindo com taxas de redução, o Pará ganhou destaque nacional no Atlas da Violência 2023, divulgado no final de novembro. O Estudo divulgou um levantamento dos últimos 10 anos, de 2011 a 2021, considerando mortes por 100 mil habitantes, com base na taxa de homicídios, atestando, mais uma vez, que o Estado registra reduções contínuas e significativas.

Segundo o levantamento, o Pará alcançou redução de 36% na taxa de homicídio em cinco anos, de 2017 a 2021, saindo da taxa de 54,7 para 32,4. E ainda segundo os dados do Anuário de Segurança Pública, a taxa de homicídios em 2022 foi reduzia para 26,6.

Os números positivos resultam de investimentos, integração e inteligência, que são os três pilares da segurança pública do Pará. As ações policiais também foram aliadas às políticas públicas implementadas. O Estado trabalha de forma multidisciplinar, atendendo principalmente a crianças e adolescentes que viviam em situação de vulnerabilidade. O “Territórios pela Paz”, por exemplo, atua em nove Usinas da Paz instaladas no Estado, garantindo mais de 70 serviços gratuitos para a população em um amplo complexo de cidadania e segurança.