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IFC Amazônia supera expectativas e anuncia a segunda edição em Belém

O evento, que registrou mais de 4,5 mil participantes em três dias, mostrou o potencial da pesca e da aquicultura do Pará

Por Lorena Esteves (SEDAP)
05/12/2023 19h02

Com mais de 40 horas de palestras, workshops e debates, e mais de 4,5 mil participantes durante três dias, foi encerrada na tarde desta terça-feira (5) a primeira edição do IFC Amazônia, em Belém. O sucesso do evento superou as expectativas dos organizadores, que já anunciaram a segunda edição em novembro de 2024, também na capital paraense.

O congresso internacional, realizado no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, contou com especialistas da área de pesquisa, do setor produtivo e de instituições públicas e financeiras, para apoiar o desenvolvimento da pesca e aquicultura na Amazônia, visando expandir a produção de pescado com sustentabilidade, promover a integração da cadeia produtiva e o intercâmbio de conhecimento, tecnologia e negócios.

O evento recebeu o ministro da Pesca, André de Paula, que destacou a ênfase que o Brasil busca para a região. “A Amazônia tem um enorme potencial e uma vocação para a sustentabilidade, com geração de empregos, e o setor da pesca cumpre um papel importante. O IFC é um grande evento, já bastante conhecido, e tinha que estar e chegar aqui na Amazônia, que é tão importante para o desafio que temos de transformar o enorme potencial do nosso País para a pesca e aquicultura em realidade com sustentabilidade”, destacou.

Avaliação positiva - Para Altemir Gregolin, presidente do IFC Amazônia, um dos pontos altos do evento foi reunir, entre expositores, painelistas e público, toda a diversidade da cadeia produtiva da pesca, além da grande participação demonstrada pelos números. “Nossa avaliação é extremamente positiva. Tivemos aqui cerca de 70 expositores, 4.540 inscritos, que é um número recorde. Foram mais de 80 conferencistas, 40 horas de conteúdo, de palestras nos vários auditórios, e dez países participantes, além da maior audiência on-line de todos os eventos”, disse Altemir Gregolin.

Para ele, a primeira edição foi só o começo de uma série, já que foi definida a continuidade do IFC Amazônia anualmente. “A gente percebeu que havia uma necessidade desse tipo de encontro. O IFC é um evento focado no setor produtivo, com um congresso muito robusto, bem alinhado às necessidades do setor e do mercado, e com uma feira de tecnologias e negócios. Tivemos empresas de outras regiões que conheceram e estão muito interessadas em investir aqui, ainda mais sabendo que no Pará temos uma lei, assinada pelo governador, que regulamentou a lei da aquicultura, que dá segurança jurídica ao investidor”, acrescentou.

Potencial do Pará - O Governo do Pará apoiou o evento, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). O secretário Giovanni Queiroz destacou a possibilidade ampla de diálogo que o evento proporcionou. “O IFC 2023, no Pará, foi extremamente importante, e podemos confirmar isso pela presença de milhares de pessoas, palestrantes internacionais, países vizinhos presentes e convidados especiais que conhecem o mercado, em uma discussão ampla”, ressaltou.

O titular da Sedap também enfatizou o potencial de produção sustentável do Pará. “Também pudemos discutir o potencial do Estado do Pará para ampliar a produção na aquicultura, e a possibilidade de chegar ao agricultor familiar de forma a fazermos a bioeconomia efetiva, ou seja, produzir sem degradar e recuperando ambientes degradados”, informou.

Visibilidade - Para Eduardo Arima, produtor de pirarucu há dez anos, o evento trouxe visibilidade ao trabalho dos produtores de peixe. “Esse evento é de suma importância para nossa cadeia produtiva. Vem agregar valor ao trabalho que temos feito. Nesses três dias, teve muita gente que não conhecia o nosso projeto com o pirarucu, e tenho certeza que muitas pessoas visualizaram. A tendência é que esse evento seja um marco, e vai fazer a diferença na criação de peixe na Amazônia”, reforçou Eduardo Arima.

Para o coordenador de Aquicultura da Sedap, Alan Pragana, o mundo pode conhecer o potencial das águas da Amazônia e do Pará como o segundo maior produtor de pescado do Brasil. “Para uma primeira edição, o IFC superou todas as expectativas. Com a proximidade da COP 30 (conferência internacional do clima, que ocorrerá em Belém, em 2025), a ideia é que o evento se torne ainda mais grandioso, chamando a atenção que a cadeia merece, pois a pesca e a aquicultura correspondem a quase a metade da proteína produzida no mundo”, disse o coordenador.

Na abertura do IFC, o Governo do Pará ganhou destaque no reconhecimento de políticas públicas na Amazônia pela implementação de ações de desenvolvimento da pesca e aquicultura, por meio da Sedap, em especial com a sanção da Lei 9.665/ 2022, e do Decreto 3385/ 2023, que dispõem sobre a política de desenvolvimento sustentável da aquicultura.