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NOVEMBRO AZUL

Hospital Ophir Loyola realiza mutirão de cirurgias de Câncer de Próstata

A iniciativa beneficia pacientes que necessitam de prostatectomia radical, prostatavesiculectomia radical e de Ressecção Transuretral da Próstata (RTU)

Por Leila Cruz (HOL)
25/11/2023 11h07

Pacientes com câncer de próstata são operados durante o mutirão do Novembro Azul promovido pelo Hospital Ophir Loyola no mês dedicado ao combate à doença. A iniciativa beneficia pacientes que necessitam de prostatectomia radical, prostatavesiculectomia radical (remoção completa da próstata das vesículas similares e dos gânglios pélvicos) e de Ressecção Transuretral da Próstata (RTU) para casos selecionados que necessitam de desobstrução do tecido da glândula. As cirurgias consideradas de alta complexidade têm a proposta curativa e se estenderão até o dia 02 de dezembro, totalizando 37 intervenções.

Neste sábado (25), mais 11 pacientes serão assistidos pelos especialistas do Hospital  e  voluntários. “São pacientes de diferentes faixas etárias encaminhados de todo o Estado para fazer tratamento oncológico no Ophir Loyola e que estão com a doença localizada, sem acometer outros órgãos. Essa condição permite remover todo o tumor maligno e curar o câncer. Após a cirurgia, a radioterapia pode ser indicada, em casos específicos, para eliminar todas as células malignas que possam ter ficado no local”, informou Ricardo Tuma, chefe do Serviço de Urologia do HOL.

Os pacientes passam por ambulatório de reavaliação para a realização de exames pré-operatórios e de estadiamento. Eles são convocados na mesma semana após os resultados a fim de aumentar o giro de leitos no hospital.

“A intervenção cirúrgica é personalizada conforme a condição clínica de cada paciente,  são procedimentos amplos e que necessitam de expertise e conhecimento técnico. Em casos mais complexos, a cirurgia pode durar até três horas, por acesso aberto ou via endoscópica. Temos o envolvimento de uma equipe multidisciplinar atuando aos sábados especificamente para operar câncer de próstata para não atrapalhar o fluxo da clínica. Durante a semana, são realizadas as cirurgias de outras enfermidades urológicas”, destacou Tuma.

Morador do município de Paragominas, Joaozinho Santos, 64 anos, passou por um tratamento cirúrgico contra um câncer de estômago seguido de quimioterapia em 2021. A partir daí, passou a ser acompanhado pelo hospital para detectar uma possível recidiva. Após um  exame de PSA (Antígeno Específico da Próstata), foram achadas alterações que foram confirmadas pela biópsia como câncer.

“O médico disse que eu tinha um tumor  em fase inicial, bem pequeno, e eu optei por realizar a cirurgia para tirar o problema de mim, ser curado. Eu não tinha o hábito de me cuidar, procurar por consultas, mas desde quando tive o primeiro diagnóstico, essa realidade  mudou. Nós, homens, temos que parar com essa bobagem de machismo e cuidar da nossa saúde”, disse.

O tumor maligno de próstata é o tipo de câncer mais incidentes nos homens paraenses, atingindo o pico de incidência em torno dos 60 a 65 anos. Para dar celeridade ao atendimento desse público, a superintendente do Instituto de Oncologia, Ana Paula Borges juntamente com a equipe de urologia, montou um Plano de Ação para melhorar os indicadores cirúrgicos e de internação. Somente de janeiro a outubro deste ano, foram realizadas 390 cirurgias urológicas eletivas. O mutirão do Novembro Azul ocorre em paralelo à ação estratégica da gestão.

“O mês é tradicionalmente destinado ao cenário urológico, dedicado a alertar sobre a importância de se fazer o rastreio e o diagnóstico precoce do câncer de próstata. A  doença atinge uma grande parcela da população masculina e, se não for diagnosticada e tratada em uma fase inicial, perde a possibilidade de curar o paciente.  A estimativa é de mais de 71 mil casos novos por ano no País durante o triênio de 2023 a 2025”, alertou o especialista.