Estado lança primeiro curso técnico em Processamento de Açaí no Pará
O curso será ofertado inicialmente nos municípios Igarapé-Miri, Abaetetuba e Cametá
Profissionais que trabalham com a produção de açaí no Pará, graças ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação Itaú de Educação e Cultura, vão poder participar do "Projeto AçaíTec Pará", o primeiro curso técnico de nível médio em Processamento de Açaí do mundo. O lançamento ocorreu nesta sexta-feira (24), no auditório da Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, em Belém.
O curso terá carga horária mínima de 800 horas e será dividido em cinco módulos, com aulas práticas e teóricas e será destinado aos trabalhadores ligados a produção de açaí. O currículo abrange desde técnicas de colheita sustentável, manejo, processador do suco de açaí, empreendedor e rotulador de produtos derivados do açaí. Ao final do curso, os alunos vão receber certificado de qualificação profissional.
Para o diretor de Educação Superior, Profissional e Tecnológica da Sectet, Washington Berg, a expectativa é de que o curso sirva para estimular o empreendedorismo local, permitindo que os formandos criem seus próprios negócios na área de processamento de açaí. Além disso, a formação técnica destes trabalhadores deve atrair investimentos para a região, consolidando o Estado como um polo de referência na produção e comercialização desse superalimento.
Segundo a gerente de Implementação e Desenvolvimento da Fundação Itaú, Cacau Lopes, a parceria entre as instituições representa uma conquista para o Pará e também um passo importante na valorização das riquezas naturais da Amazônia e na promoção de uma economia mais sustentável e inclusiva. "A parceria demonstra o compromisso em investir na educação e no desenvolvimento de setores estratégicos, abrindo caminho para um futuro promissor para a indústria do açaí na região", disse.
Um dos coordenadores do projeto, Keynes Silva, enfatizou que com a crescente popularidade do fruto amazônico no mundo, a capacitação de mão de obra especializada torna-se fundamental para garantir a qualidade do produto e a competitividade no mercado global. "A formação de profissionais capacitados no processamento de açaí vai abrir portas para a exportação e ajudar na ampliação da visibilidade do produto para além das fronteiras brasileiras", explicou.
Áreas de atuação - O curso ofertado será realizado inicialmente nos municípios Igarapé-Miri, Abaetetuba e Cametá, no nordeste paraense e contará com a Carreta-Escola, que terá uma minifábrica de açaí para que os alunos realizem, na prática, os conhecimentos que serão repassados durante o curso.
A Carreta-Escola será uma unidade móvel de processamento de açaí que contará com todos os utensílios em maquinários adequados para produção do fruto. Além disso, a carreta-escola terá também uma sala para as aulas teóricas e práticas. Os estudantes poderão ter uma visão geral desde o momento que o fruto chega na indústria até a embalagem do produto para distribuição.