Semas estimula empreendedorismo, inovação e tecnologia para a bioeconomia
Vocação econômica do Pará é considerada a chave da virada que o Estado precisa para se firmar como fornecedor de produtos e serviços sustentáveis
Conhecimento científico produzido a partir dos insumos regionais é um passo importante para uma economia de baixo carbonoO incentivo ao empreendedorismo na área da bioeconomia, vocação econômica escolhida e incentivada pelo Governo do Estado como a chave para um futuro mais sustentável e verde, foi o que norteou a participação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) no primeiro dia da Feira Pará Negócios, promovida pela Associação Comercial do Pará (ACP), no Hangar, em Belém, neste sábado (18).
“O nosso objetivo é trazer a mensagem de que, com o Plano Estadual de Bioeconomia, o Estado tem uma estratégia robusta e bem estruturada para a transição socioeconômica de baixo carbono e, por meio disso, estimula iniciativas empreendedoras que ajudem a materializar os objetivos estabelecidos no PlanBio e colaborem com o Estado no alcance dos potenciais identificados. Hoje, temos mapeado o potencial de chegar a 120 bilhões de dólares com a exportação de produtos compatíveis com a floresta, portanto é sob este prisma que enxergamos as oportunidades que podem surgir aqui e é esse o caminho que estamos indicando nas nossas participações em painéis e eventos como este”, destacou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, presente no primeiro dia do evento.
Hackathon - Uma das programações que contaram com a participação da secretaria foi o evento ‘Empreende Belém’, que promove, durante os dois dias da feira, um Hackathon (maratona que reúne diversos profissionais com o objetivo de desenvolver uma solução tecnológica que atenda a um fim específico). A iniciativa, voltada para quem quer começar a empreender ou para aqueles que já são empreendedores e queiram testar novas ideias com foco em infraestrutura e bioeconomia, resultará em três projetos que serão selecionados e receberão premiações em dinheiro que podem chegar a até R$ 7 mil. O resultado será divulgado no domingo, 19, no encerramento do evento. A iniciativa é da mineradora Vale, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Coalizão pelo Impacto, Cesupa, Parque de Ciência e Tecnologia (PCT Guamá) e Inova Amazônia.
“Destacamos o Parque de Bioeconomia do Pará, que prevê oito espaços em Belém voltados para o incentivo ao setor e com foco na Conferência do Clima, a COP 30, em Belém. Aqui, destacamos os gargalos para empreender, como a questão da embalagem e da conectividade, energia elétrica e da logística para escoar a produção. Demos um pouco do cenário aos participantes, para que eles entendam quais são os nossos desafios e a partir daí pensem em soluções que possam contribuir com os nossos objetivos, considerando inclusive a necessidade de captação de recursos. Desta forma e por meio dessa programação, não só ajudamos a envolver ainda mais a sociedade com a nossa preparação para a COP mas também compartilhamos o que está sendo feito para estimular a bioeconomia, trazendo um pouco do muito que temos feito e avançado nessa área”, disse Jéssica Brilhante, assessora do setor de Projetos Estratégicos e Bioeconomia da Semas.
Empreendedorismo de impacto - Iniciativas empreendedoras e de impacto social e ambiental também estiveram em discussão com a participação da Semas. No painel promovido pela Associação de Inovação e Tecnologia do Estado do Pará (Açaí Valley), a Diretora-Geral do Programa Municípios Verdes, Camilla Miranda, destacou o conhecimento e pertencimento como aspectos fundamentais para que sejam desenvolvidas iniciativas e soluções econômicas baseadas na natureza na Amazônia. “Negócios de impacto precisam estar pautados em conhecimento e pertencimento, porque para a gente fazer uma mudança de impacto, a gente precisa saber o que é impacto para a gente, em primeiro lugar. Coletivamente, nós precisamos saber o que é impacto e aí é importante a gente destacar como isso está conectado ao Plano de Bioeconomia do Estado, que prevê o Parque de Bioeconomia do Pará com os espaços promotores de negócios de impacto pautados nas soluções baseadas na natureza e de forma multisetorial, para que a gente alcance a mudança socioeconômica que a gente precisa”, disse Miranda.