Sedeme apresenta ações para economia sustentável em Fórum Internacional, em SP
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) participou da 10ª Edição do Fórum Internacional do Biogás
O governo do Pará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), participou, nos dias 13 e 14 de novembro, em São Paulo (SP), da 10ª Edição do Fórum Internacional do Biogás, realizado pela Associação Brasileira de Biogás (Abiogás), com o apoio da World Biogas Association (WBA).
O 'Fórum' é considerado o maior evento do setor, na América Latina, e reúne players do mercado internacional, além de representantes dos governos e de órgãos públicos. Na pauta, discussões sobre tecnologia e inovação; transporte; aproveitamento energético; resíduos; novos negócios; redução da pobreza e da fome; biofertilizantes; pesquisa e desenvolvimento; redução do efeito estufa; energia renovável e outros assuntos referentes ao setor, à transição energética e à desindustrialização do Brasil.
A Sedeme foi representada pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Paulo Bengtson, um dos palestrantes no seminário. Entre os temas abordados estiveram o compromisso do governo com a implementação de políticas voltadas para um modelo de economia sustentável, políticas públicas de incentivos fiscais para potencializar a competitividade da economia, por meio do fomento à inovação e ampliação de novo empreendimento; e as questões climáticas que afetam direta ou indiretamente a vida de todos.
“A implementação de políticas públicas para a bioeconomia na Amazônia é fundamental na missão de enfrentarmos desafios sociais históricos e oportunizar uma realidade digna, valorizando conhecimentos tradicionais, as riquezas da floresta e as pessoas que nela vivem. Queremos e devemos mostrar para o mundo que estamos crescendo de maneira sustentável. Esse crescimento passa pelo desafio da descarbonização”, enfatizou Paulo Bengtson.
Sobre a política de incentivos fiscais, o secretário ressaltou que no Estado, as empresas pleiteantes devem aderir ao projeto ‘Descarboniza Pará’, que visa melhorar o desempenho do Estado na busca pela neutralidade de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Já as empresas incentivadas pelo governo, passam pelo processo de transição energética.
Na ocasião, o titular da Sedeme, falou também sobre o desenvolvimento de projetos para acelerar o processo de transformação do modo de exploração das nossas matrizes econômicas, a exemplo do Atlas Energético do Estado do Pará, com o objetivo de alcançar a descarbonização. “O Atlas Energético surge como ferramenta para identificar as melhores zonas para implantação de projetos de energia renováveis no Estado do Pará. Essencial para promover os recursos renováveis, buscando incentivos para instalação de painéis solares em residências e gerando dados que servirão para o desenvolvimento da ciência e tecnologia. O biogás caracteriza-se como uma solução eficaz tanto no processo de descarbonização como em nossa transição energética”, disse.
De acordo com os estudos do Instituto Escolhas, o Pará e o estado com maior potencial para a produção de biogás: 168 milhões de metros cúbicos por ano, o suficiente para gerar 349 GWh de energia elétrica e abastecer 174 mil residências, beneficiando mais de 700 mil pessoas, quase a metade da população da capital, Belém. Os resíduos sólidos urbanos concentram a maior parte do potencial para o biogás do estado, podendo produzir 166 milhões de metros cúbicos por ano, gerar 345 GWh de energia elétrica limpa e abastecer 172 mil residências.
Sobre o tema, o secretário enfatizou que o Governo do Pará vislumbra com entusiasmo a capacidade de produção de Biogás no Pará. Com impacto positivo no âmbito ambiental, econômico e social.
A Associação Brasileira do Biogás (Abiogás) foi criada em 2013 pela união de pessoas e empresas que juntas buscam o aumento da participação do biogás na matriz energética brasileira. Com o objetivo de transformar a energia elétrica, combustível e térmica, geradas pelo biogás, em commodities energéticas amplamente utilizadas, com uma participação de 10% na matriz brasileira. A Biogás atua como um canal de interlocução com a sociedade civil, os governos federal e estaduais, as autarquias e os órgãos responsáveis pelo planejamento energético brasileiro.