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CIIR orienta para a prevenção e sobre os riscos do diagnóstico da Diabetes 

Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, aproveita o Dia Mundial do Diabetes, nesta terça (14), para destacar ações preventivas

Por Pallmer Barros (CIIR)
13/11/2023 12h16

Nesta terça-feira (14), é enfatizado o Dia Mundial do Diabetes, uma iniciativa organizada pela Federação Internacional do Diabetes, que traz como temática este ano o “Acesso aos cuidados com o Diabetes”, para estimular políticas públicas que promovam o diagnóstico precoce e favoreçam aos portadores da doença a possibilidade de viverem com bem-estar orientando-os as formas de tratamento adequado, papel desempenhado diariamente pelo Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, que disponibiliza a oferta de consultas em endocrinologia e nutrição com o complemento aos usuários com deficiência, a prática de esportes adaptados e a entrega de meios auxiliares de locomoção. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem atualmente no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. De acordo com Deborah Brayde, endocrinologista do CIIR, é uma patologia crônica em que o corpo não consegue produzir ou empregar adequadamente a insulina, o hormônio fabricado pelo pâncreas, órgão responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. 

“A carência de insulina no organismo acarreta déficit nessa metabolização da glicose e, em consequência, o ser humano adquiri a comorbidade. Ela tem como característica as altas taxas de açúcar no sangue, ou seja, a hiperglicemia de forma permanente”, destaca a médica que acrescenta a doença não ter cura e pode acometer em qualquer faixa etária e em casos graves, causa amputações em membros que resultam em uma Pessoa com Deficiência (PcD).

A especialista segue detalhando que a Diabetes possui diversos tipos sendo os principais a tipo 1 e 2 com destaque comumente à gravidez. “Para a Diabete Gestacional existem várias vertentes, tais como, a mulher possuir o diagnóstico antes da gravidez e não sabe; tem o quadro clínico de obesidade, hipertensão, ou possui a síndrome dos ovários policísticos. Estes aspectos geram maior risco de desenvolver a doença, podendo ou não persistir após o parto. A gravidez por si já é diabetogênica, porque tem a tendência a aumentar a glicemia por conta do feto”.

Os outros tipos da comorbidade são genéticos associados a outras doenças tais como a pancreatite, neoplasia e fibrose cística. Segundo Deborah Brayde, os principais sintomas são “a pessoa sentir fome excessiva; vontade de urinar diversas vezes ao dia; perda de peso de modo rápido sem dietas e prática de atividade física; fadiga; formigamento nos pés; visão embaçada; e náusea”, pontua.

Diagnosticado com autismo e aos 24 anos, após sentir tontura e vista embaçada com frequência, o reabilitando do CIIR, Luan Ferraz, realizou exames que apontaram o diagnóstico de pré-diabete. “Para não evoluir com a doença, o Luan realiza semanalmente consultas com a nutricionista e a prática de esportes adaptados. Ele se queixava de tonturas e suava bastante sem motivo aparente. Fiquei preocupada, solicitei ao médico os exames e constatou. Fico no ‘pé’ dele, porque é novo e possuir esse quadro de saúde, é preocupante”, pontuou a mãe, Joanne Queiroz, de 45 anos.  

Alimentação Balanceada – A nutricionista Clínica do CIIR, Luana Oliveira, recomenda evitar o consumo de alimentos processados, que possuem altas concentrações de açúcar, gordura e sódio, além de bebidas açucaradas como refrigerantes; energéticos; suco e chá industrializados.

“Para quem já possui a diabetes, o ideal é priorizar o consumo de frutas com baixo índice glicêmico tais como maçã, pera e mamão. No entanto, banana e laranja, por exemplo, são alimentos com altos índices glicêmicos, logo, o consumo deve ser moderado”. 

Ela esclarece que o pão integral é um aliado contra a diabetes. “Por adicionar fibra e sementes faz com que diminua o índice glicêmico, ou seja, diferente de um pão francês, demora um pouco mais para chegar na corrente sanguínea. Desta forma, melhor consumir pão integral”, ensina a nutricionista.   

Suporte - O principal tratamento ou prevenção para a Diabetes, além da adoção de um padrão alimentar saudável, requer como complemento, as práticas de atividade física e o Centro de Reabilitação oferta aos usuários com deficiência, esportes adaptados como a canoagem, vôlei, polo aquático e natação. 

Entre os adeptos das atividades está Reginaldo Nascimento, de 64 anos, diagnosticado com a diabete tipo 2 e, em decorrência do avanço da doença, não tomando os cuidados necessários, amputou o pé direito em 2015.

“Uma das maiores negativas que favorecem ao agravo da doença é a conscientização. A maioria começa a dar importância para a diabetes após o seu avanço. Foi o meu caso; mesmo sabendo do diagnóstico, não me importei. Por isso, cheguei a esse estágio. Hoje, consciente, faço todo o cronograma de alimentação e pratico esporte. Importante, é não lembrar da doença somente neste dia 14, mas ser constante a divulgação maciça de que a doença é feroz. Eu não tive esse suporte de conscientização”, destaca o reabilitando revelando que o filho, de 40 anos, recebeu recentemente o diagnóstico de diabetes e o aconselha com incentivos a cuidar da saúde para não chegar ao seu estágio.  

Para o profissional de educação física, João Rodrigues, a prática de atividade física por intermédio da “diversidade de modalidades no CIIR promove estímulo ao corpo. O esporte ajuda na queima de gordura e aprimora o ganho de massa muscular. Todo este processo de atividade física auxilia na melhora do metabolismo e gera bem-estar aos praticantes. No caso do Reginaldo, o fortalecimento muscular o auxilia a ter equilíbrio corporal e mobilidade no dia a dia, pois é um reabilitando amputado; para o Luan, o ajuda a não avançar com a doença e controla a sua taxa de glicemia fazendo com que ele não consuma remédios”. 

Estrutura - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez, encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.