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Arritmia cardíaca afeta mais de 20 milhões de brasileiros e causa morte súbita

Especialista do Hospital Gaspar Vianna, referência em Cardiologia no Pará, alerta para o diagnóstico e tratamento da doença

Por Governo do Pará (SECOM)
12/11/2023 08h17

Arritmias cardíacas são alterações elétricas que modificam o ritmo das batidas do coração. De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, no Brasil mais de 20 milhões de pessoas sofrem da doença, gerando mais de 320 mil mortes súbitas por ano.

“O ritmo normal do coração é aquele que ocorre de modo regular, onde as contrações das batidas são separadas por intervalo de tempo regular. Em geral, o ritmo normal do coração tem uma frequência cardíaca que varia entre 50 a 100 BPM (batimentos por minuto). Quando a pessoa está dormindo, é comum que a frequência cardíaca diminua e, em casos de situações de alerta, pode aumentar”, explica Kleber Ponzi, cardiologista e arritmologista da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém.

A doença pode aparecer de diversas formas, ressalta o especialista. “As arritmias cardíacas podem ser aceleradas, quando o coração bate muito rápido e são chamadas de taquicardia. Em outros casos, de maneira irregular ou mais lenta, quando o coração contrai mais devagar, chamada de bradicardia”, informa.

Segundo Kleber Ponzi, “embora alguns tipos de arritmias cardíacas levem a poucos sintomas ou até mesmo a nenhum, e não causem risco ao paciente, temos outro extremo de arritmias que podem ser potencialmente fatais, e são responsáveis pela morte súbita cardíaca, aquela que ocorre de repente. A principal causa é aquela que ocorre após um infarto agudo do miocárdio. Nessa situação, o paciente pode ter o que chamamos de fibrilação ventricular, quando o coração bate desordenado e muito rápido, até 600 vezes por minuto, e isso faz com que o sangue não possa ser bombeado pelo coração, levando à morte súbita”.

Fator genético - O médico ressalta, ainda, as arritmias cardíacas que são mais raras e podem levar à morte súbita, mas que não são consequência de doença, como infarto, e sim de anomalia genética. “A pessoa já nasce com uma alteração genética, que o leva ao maior risco de morte súbita. Alguns desses casos são hereditários, que se transmitem de pais para filhos”, informa Kleber Ponzi, acrescentando que “nesses casos, é fundamental investigar o histórico clínico do paciente, buscar por sintomas e o exame físico adequado para diagnosticar essas condições graves de arritmia cardíaca em pacientes cuja estrutura do coração é normal, mas a parte elétrica tem algum problema”.

O acompanhamento médico é indispensável em todos os casos, levando em conta que, quando não diagnosticada e tratada corretamente, a doença pode provocar parada cardíaca e morte súbita. “A forma de prevenção é evitando a ocorrência do infarto, controlando fatores de risco, como pressão alta, hábito de fumar, colesterol alto e o peso”, orienta o médico.

Em 12 de novembro é celebrado o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. A data tem o objetivo informar à população sobre a doença e formas de prevenção e tratamento.