Estado debate soluções ambientais sustentáveis na Floresta Nacional de Carajás
Governador Helder Barbalho foi a Parauapebas, onde ocorre um congresso sobre sociobiodiversidade, defender o cuidado com as pessoas e a preservação da natureza
Helder Barbalho ressaltou a importância de a sociedade valorizar o olhar dos povos das florestasO governador do Pará, Helder Barbalho, participou na tarde desta quarta-feira (8), em Parauapebas, município da região Sudeste, do Congresso de Gestão do Conhecimento e Sociobiodiversidade das Áreas Protegidas de Carajás, evento promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Ao chegar ao Parque de Exposições (FAP), o chefe do Executivo foi recebido com cânticos por indígenas Xikrin do Rio Cateté e Xikrin Bacajá.
“É um momento importante, de chamamento das experiências, o olhar dos povos das florestas, a oportunidade de conversar sobre soluções ambientais sustentáveis, que passem pela produção, pela economia verde e por respeitar os dizeres das florestas, pelos povos indígenas e tradicionais. E, claro, estimular que cada vez mais a sociedade de Parauapebas, do Pará, do Brasil e do mundo a construir soluções que conciliem os desafios de cuidar das pessoas e preservar o meio ambiente, entendendo que são relações necessárias e não conflituosas”, enfatizou Helder Barbalho, em coletiva à imprensa da região.Governador Helder Barbalho foi recepcionado em Parauapebas por indígenas da etnia Xikrin
O presidente nacional do Instituto Chico Mendes, Mauro Oliveira Pires, ressaltou a importância do compromisso do governo estadual com as pautas ambientais. “Não tem como fazer a gestão da biodiversidade de forma isolada, com apenas um ator. As ações precisam ser coordenadas; do governo do Estado, do município, do governo federal, das instituições, da escola. Quando temos essa oportunidade, a gente acaba dando um salto de qualidade. E quando a gente olha para a Floresta Nacional de Carajás, a gente vê como ela é integrada ao dia a dia da população. E o povo vê a importância de ter uma floresta como essa, pois percebe que isso agrega qualidade de vida, permitindo a manutenção de chuvas, por exemplo”, informou o presidente do ICMBio.
É a primeira vez que o evento ocorre em Parauapebas. Durante três dias serão realizados diversos painéis, palestras e feira de negócios sustentáveis e agroecologia. Há também espaço para crianças e apresentações culturais.
A programação reúne universidades, instituições de ensino e pesquisa, empresas, órgãos governamentais, organizações não governamentais e empresas que atuam na Amazônia.
Área preservada - Mais de 70% da área da Floresta Nacional de Carajás se estendem pelo município de Parauapebas. A Floresta Nacional foi oficialmente criada como unidade de conservação por decreto, em 1998. Mas desde a concessão de parte da região para a implantação do Projeto Grande Carajás foi discutida também a proteção do território pela mineradora Vale ainda nos anos 1980.
A Flona integra um conjunto de seis unidades de conservação, que totalizam a maior área contínua da Floresta Amazônica (mais de 800 mil hectares), preservada ao longo das últimas décadas no sudeste do Pará. Todo o conjunto é gerido pelo ICMBio e protegido por meio da parceria com a Vale, que opera a maior mina a céu aberto dentro da Flona.