Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural incentiva apicultura em Quatipuru

Apicultores de Quatipuru, na região do Rio Caeté, estão sendo incentivados pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) a organizar a cadeia produtiva. 

Nos últimos cinco anos, a atividade tem se intensificado no município, gerando renda e segurança alimentar a pelo menos dez famílias assistidas direta e indiretamente.  Um dos principais desafios é o registro da ocupação e das propriedades. 

“A meta de agora é justo essa identificação oficial ante os órgãos competentes, a partir de parceria multi-institucional. A Emater participa do levantamento e do encaminhamento. A partir daí, os passos seguintes são acesso a crédito rural e atualização tecnológica”, indica o engenheiro agrônomo Antônio Olinto, do escritório da Emater em Quatipuru. 

A média de estrutura atual das áreas visadas é de 25 caixas de melíponas, abelhas nativas sem ferrão, e até dez caixas de abelha de melíferas, abelhas africanizadas com ferrão, resultando em safra anual de cerca de 20 litros por caixa.  Com o manejo adequado, a exemplo de substituição periódica de rainhas, e aparelhamento, no sentido de roupas protetoras e ferramentas, a produção de mel, própolis e subprodutos pode dobrar de imediato.

Progresso

O plano do produtor Joaquim de Avis, de 68 anos, é expandir a criação, por ora de cem caixas instaladas no bairro periurbano da Marambaia.

O objetivo também é enraizar o processo no próprio município de Quatipuru, já que o apoio da comercialização hoje em dia depende da Cooperativa de Trabalho dos Agricultores Familiares do Município de Primavera (Cooprima) e da Associação dos Apicultores de Primavera (Aapri), entidades sociais do município vizinho de Primavera, 

“A gente pensa assim: que é possível trazer mais pessoas para esse trabalho, despertar interesse, treinar, e isso significa fazer parcerias, digamos que criar juntos”, explica. 

Texto de Aline Miranda