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Uepa promove Jornada sobre formação continuada em Terapia Ocupacional

Evento é uma realização do Núcleo de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação do curso de TO e da Coordenação de Terapia Ocupacional da Universidade

Por Ascom (Ascom)
27/10/2023 15h19

Com o objetivo de discutir as pós-graduações Lato Sensu e Stricto Sensu na profissão do terapeuta ocupacional, o Núcleo de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação (Nupeto) do curso de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e a Coordenação de Terapia Ocupacional promoveram a 5ª Jornada Nupeto com o tema Formação Continuada em Terapia Ocupacional: Cenários e Possibilidades.

A Jornada ocorreu durante toda a manhã desta sexta-feira, 27, no auditório da Unidade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Ueafto), no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Campus II, em Belém, tendo como público-alvo alunos, professores e terapeutas ocupacionais.

Anualmente, a Jornada acontece no mês de outubro, alusiva ao Dia Nacional do Terapeuta Ocupacional (13 de outubro) e ao Dia Mundial da Terapia Ocupacional (27 de outubro). A profissão busca promover a saúde e o bem-estar das pessoas por meio de atividades em diferentes contextos da vida, como saúde mental, reabilitação física, acessibilidade, cuidados com idosos, no ambiente de trabalho, entre outros. Na Uepa, o curso de Terapia Ocupacional existe há 38 anos, sendo o primeiro curso desta graduação implantado na Região Norte.

A Jornada Nupeto 2023 busca abordar possibilidades de caminhos a serem trilhados após a graduação. A abertura da Jornada foi realizada pela professora e coordenadora do curso, Débora Ribeiro da Silva Campos Folha, que deu início ao debate sobre a formação continuada.

Na programação do evento, a primeira mesa-redonda tratou sobre Pós-Graduação Stricto Sensu: Experiências na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Uepa, com a participação da terapeuta ocupacional Flávia dos Santos Coelho (UFSCAR), de Victor Augusto Cavaleiro Corrêa (UFPA) e do professor da Uepa, Elson Ferreira Costa, que explanou sobre o Programa de Pós-graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional (PPGReab/Uepa), mestrado recentemente aprovado na Uepa. A segunda mesa-redonda da manhã versou sobre Pós-graduação Lato Sensu e Formações Complementares em Terapia Ocupacional, e entre os assuntos discutidos: Residências em Terapia Ocupacional; Certificação em Integração Sensorial e Práticas Integrativas e Complementares. 

Para Débora Folha, "o caminho após a graduação pode perpassar pelo ingresso em Residências Multiprofissionais em Saúde, para as quais temos diversas vagas ofertadas pela Uepa, em Belém e interior do Pará, como em Saúde da Mulher e da Criança, Oncologia e Cuidados Paliativos, Atenção à Saúde Cardiovascular, Saúde da Família, Ortopedia e Traumatologia e Saúde Mental".

Segundo a coordenadora, outro caminho possível para a pós-graduação é o ingresso em programas de mestrado e doutorado. Ela conta que, em Belém, há terapeutas ocupacionais em Programas de Pós-Graduação (PPG) em áreas afins, tais como Psicologia, Educação, Antropologia, Saúde Coletiva, Ensino em Saúde, entre outros. "Ainda não há PPG específico de Terapia Ocupacional na capital paraense. Os três PPGs específicos existentes, hoje em dia, estão no sudeste do Brasil, em Minas Gerais e em São Paulo. Assim, temos egressos da graduação da Uepa nestes PPGs específicos e temos também egressos da Uepa em várias Residências Multiprofissionais de Belém e em outros estados, no Brasil inteiro", disse.

Ciência e profissão

Para Lucivaldo Araújo, professor do curso de graduação na Uepa, a Terapia Ocupacional emerge como ciência e profissão comprometida em melhorar a qualidade de vida de quem dela necessita, e a formação continuada se torna não apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa para os terapeutas ocupacionais.

"A pós-graduação, tanto Lato Sensu quanto Stricto Sensu, se destaca como um pilar fundamental nesta jornada educacional contínua. Ela oferece aos profissionais a oportunidade, não apenas de aprimorar suas habilidades técnicas, mas também de se envolverem em uma exploração acadêmica mais profunda". De acordo com o professor, no nível Lato Sensu, os cursos especializados fornecem conhecimentos práticos e aplicáveis, enriquecendo a abordagem do terapeuta em seu ambiente de trabalho. "Já a pós-graduação Stricto Sensu, através de mestrados e doutorados, não apenas aprimora habilidades, mas também fomenta a pesquisa, a inovação e a liderança dentro da área", destacou.

Curso

A graduação de Terapia Ocupacional (TO) possui duração de cinco anos, sendo os três primeiros anos de componentes curriculares teóricos e práticos e os dois últimos anos somente voltados aos estágios curriculares nos campos da saúde mental, contextos sociais e escolares, reabilitação, saúde do trabalhador e contextos hospitalares. Atualmente, a graduação conta com 153 alunos matriculados e 40 professores. O curso regular ocorre somente na capital. De forma modular, por meio do projeto Forma Pará, teve início no mês de janeiro de 2023, uma turma com 39 alunos no Campus de Marabá.

O objetivo profissional da TO é a participação nas ocupações humanas ao longo do ciclo da vida, e a atuação profissional inclui a promoção da participação das pessoas no contexto da vida diária e o desenvolvimento de estratégias de prevenção, recuperação e reabilitação, bem como a garantia de direitos e inclusão. Os terapeutas ocupacionais trabalham com pessoas de todas as idades que têm necessidades ocupacionais e vivenciam condições temporárias ou permanentes que interferem ou impedem as atividades da vida diária. Os locais de atuação profissional envolvem espaços como clínicas, hospitais, instituições de cuidados de longa permanência, escolas e empresas.

Estágios na Uepa

Os alunos do 5º ano do curso de Terapia Ocupacional realizam estágio curricular nos serviços da Uepa que atendem à comunidade, como a Unidade de Ensino e Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Ueafto) e o Laboratório de Tecnologia Assistiva, sendo que a turma é dividida em subgrupos, e cada bimestre um grupo passa por esses locais, ou seja, a cada bimestre há em média cinco alunos estagiando em cada setor.

Texto de Diane Maués / Ascom Uepa