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Projeto Mundiar inicia atividades do ano com jornada pedagógica

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/03/2018 00h00

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promove nesta terça (13) e quarta-feira (14), no auditório do Centro de Convenções Ismael Nery, do Centur, em Belém, a I Jornada Pedagógica do projeto Mundiar, que combate a distorção idade/ série no Pará. Dirigido a professores, técnicos, diretores e gestores de Unidades Seduc na Escola (USEs) e Unidades Regionais de Educação (UREs), o evento marca o início dos trabalhos em 2018 e os cinco anos de existência do programa na rede pública estadual. Ao longo desse período, cerca de 56 mil alunos foram atendidos em todo o Estado.

A secretária adjunta de Planejamento e Gestão da Seduc, Mariléa Sanches, ressaltou a importância do projeto Mundiar para a rede. Parceria com a Fundação Roberto Marinho, no escopo do Pacto pela Educação, o projeto nasceu em 2014, quando as primeiras turmas do ensino médio e do fundamental foram formadas. “O Mundiar é uma das prioridades da Secretaria de Educação, pois sabemos que embora tenha havido, nos últimos anos, uma grande redução na distorção idade/ série no Estado, os índices ainda são preocupantes”, ressaltou.

O Mundiar está presente em 105 dos 144 municípios do Estado. A nova entrada de turmas, em 2018, deverá envolver doze mil alunos, três mil do ensino fundamental e nove mil do ensino médio. “A Seduc tem investido muito na redução da distorção idade/ série, e o Mundiar é a grande prova disso. Com a metodologia do programa, conseguimos acelerar a aprendizagem e ajudar os alunos a recuperar o tempo perdido”, destacou o coordenador geral do projeto, Marcos Lopes.

A diretora de Ensino Infantil e Fundamental da Seduc, Marizete Martins, destacou o alcance do programa. “Hoje já temos o Mundiar, inclusive, em comunidades indígenas, o que, sem dúvida, é um grande avanço”, acrescentou. Milton Júnior, supervisor do Mundiar na Escola Estadual Temístocles Araújo, do bairro da Marambaia, em Belém, lembrou que o nome do programa significa “Encantar”, o que tem muito a ver com a proposta de trazer o aluno de volta para a sala de aula. “O que o Mundiar quer, em última instância, é justamente ‘encantar’ esse estudante, pela escola, pelo professor, pelo saber, e ajudá-lo a mudar de vida, pois muitos deles estão em uma situação social complicada”, pontuou.

Superação – O estudante Rodrigo Oliveira, 18 anos, é exemplo dessa realidade. Aluno com muitas repetições no currículo, ele encontrou no Mundiar a chance que precisava para abraçar definitivamente o caminho da educação. Concluiu o ensino fundamental pelo programa e, agora, está prestes a finalizar o ensino médio. Foi escolhido pela Escola Deodoro de Mendonça, onde estuda, para fazer uma apresentação de rap na abertura da I Jornada Pedagógica. “O Mundiar me mostrou que era possível estudar e superar as etapas. Não sei o que seria de mim sem o programa. Quero seguir em frente e chegar à universidade”, disse ele, que pretende cursar Direito.

A professora Gladis Aguiar, que atua na Escola Salesiana do Trabalho, relatou o envolvimento que a escola e a comunidade têm com o programa, lá implantado ainda em 2014. “Hoje, depois de alguns anos de Mundiar, já temos vários alunos que concluíram os ensinos fundamental e médio e chegaram até a universidade. Muitos estavam sem rumo na vida e, graças ao Mundiar, conseguiram uma nova perspectiva”.

O Mundiar destina-se a estudantes a partir de 13 anos de idade, em defasagem em relação a séries escolares. Eles conseguem concluir os anos finais do ensino fundamental em 24 meses de aulas específicas. Os alunos a partir dos 17 anos do ensino médio que estejam na mesma situação de distorção idade-ano escolar podem concluir essa etapa educacional em 18 meses.

A I Jornada Pedagógica do Mundiar segue até sábado (17); nos dias 15 e 16, a programação é nas próprias UREs e USEs. As palestras dos dias 13 e 14 estão sendo transmitidas via internet para os diversos municípios do Estado.