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Ideflor-Bio enfatiza preservação das tartarugas marinhas no litoral paraense durante o ‘Projeta Talks’

Evento foi criado para contar histórias de pessoas que vivem e trabalham para preservar áreas protegidas e experiências positivas na manutenção desses territórios

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
17/10/2023 21h05

Com o tema “Rumo à COP30”, a quinta edição do evento “Proteja Talks” abordou estratégias para a preservação da biodiversidade, com foco especial na manutenção de áreas protegidas. Um dos momentos marcantes da conferência, realizada nesta terça-feira (17), no Teatro Gasômetro, em Belém, foi a apresentação do presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Nilson Pinto.

Ele compartilhou as ações empregadas pelo órgão ambiental do Governo do Pará na Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural do Atalaia, em Salinópolis, região nordeste paraense, para a preservação das tartarugas marinhas. Desde fevereiro deste ano, o Instituto, com o apoio dos órgãos de segurança pública, bloqueia 3 km da Praia do Atalaia para a proteção de cinco espécies de quelônios que utilizam o local para desova e, posteriormente, é onde ocorre a eclosão dos ovos.

Apenas em 2023, o principal balneário do litoral paraense foi palco para o nascimento de aproximadamente 500 filhotes da espécie Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva). A partir desse fenômeno natural, eles dão início a um novo ciclo de crescimento, reprodução e continuidade da espécie. Vale lembrar que os ovos estavam acomodados em um berçário nas proximidades da UC Monumento Natural do Atalaia.

Esforços - Nilson Pinto destacou ser possível resguardar as áreas de proteção paraense. “É importante manter as UCs e temos como fazer isso. Você precisa de esforço dos órgãos públicos, de diferentes áreas, das prefeituras, da iniciativa privada, dos pesquisadores e, principalmente, da cooperação com a sociedade. Estamos felizes com os avanços feitos até agora, o processo está em curso, ainda temos muito o que fazer, mas já demos um grande salto, e é um bom exemplo que eu gostaria de dividir com vocês”, pontuou.

O presidente do Ideflor-Bio também ressaltou o envolvimento ativo das comunidades locais na proteção das tartarugas marinhas. Parcerias com Organizações Não-Governamentais (ONGs), pescadores e moradores da região foram estabelecidas, promovendo uma colaboração eficaz na conservação dessas espécies.

A apresentação de Nilson Pinto foi recebida com entusiasmo e reconhecimento pela plateia, que aplaudiu o compromisso do Instituto na preservação das tartarugas marinhas e da biodiversidade marinha na UC Monumento Natural do Atalaia. O presidente do Ideflor-Bio encerrou seu discurso com um apelo à cooperação contínua e ao investimento em ações concretas para proteger esse patrimônio natural do Pará e do Brasil.

Debate - O Proteja Talks "Rumo à COP30" continuou com discussões aprofundadas sobre estratégias de conservação, reforçando a importância de tais iniciativas para alcançar um futuro sustentável e a proteção de nosso planeta. Lideranças indígenas, de comunidades ribeirinhas, políticas e de instituições de pesquisa, também expuseram suas considerações sobre a importância da manutenção das áreas protegidas. 

O evento foi criado para levar as histórias de pessoas que vivem e trabalham para preservar áreas protegidas mais longe. Experiências positivas sobre como cuidar desses territórios são apresentadas, uma a uma, em um grande diálogo. A programação é mais uma das ações criada pelo Portal Proteja, uma iniciativa para engajar a sociedade na conservação de áreas protegidas por meio da criação e difusão de conhecimento.