Seap participa da 'Operação Mute' coordenada pela Senappen
No Pará, duas unidades que integram o Complexo Penitenciário de Santa Izabel passaram por revistas, mas nenhuma irregularidade foi encontrada
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) participou da “Operação Mute”, desencadeada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), que integra o Ministério da Justiça. A ação integrada, e simultânea, foi realizada em 23 estados da Federação e visa identificar e retirar celulares de presídios para combater a comunicação ilícita do crime organizado. No Pará, duas unidades que integram o Complexo Penitenciário de Santa Izabel passaram por revistas, mas nenhuma irregularidade foi encontrada.
Policiais penais federais e estaduais iniciaram a operação desde as primeiras horas de hoje nos estados do Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santos, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.
A Operação Mute se divide em dois momentos: primeiro cortar a comunicação com uso de tecnologia que embaralha o sinal de celular e em seguida buscar os aparelhos com ações de revistas em pavilhões e celas.
Toda a ação de revistas nas casas penais, a Unidade de Custódia e Reinserção de Santa Izabel V (UCR Santa Izabel V) e o Unidade Penitenciaria de Segurança Máxima I (UPMAX I), foi acompanhada pela representante da Senappen, Policial Penal Federal Roise Carla Cravo Lima. Ela foi acompanhada pelo titular da Diretoria de Administração Penitenciária (DAP) da Seap, Coronel PM Odenir Margalho, que coordenou a ação em Santa Isabel. A ação contou com o apoio dos policiais penais das duas unidades e do efetivo do Grupo de Operações Penitenciárias (GAP), sob o comando de Júlio Cesar Néris.
“A intenção dessa visita é entender nossa rotina no trabalho e execução da Polícia Penal na custódia dos nossos apenados e presos provisórios do estado do Pará. Temos nos empenhado em melhorar e aperfeiçoar nosso sistema de segurança, quer seja pela manutenção dos procedimentos operacionais, de revistas estruturais, condução e escoltas, e para a parte de saúde também, que também é uma missão nossa. Acreditamos que a visão da representante foi positiva e que continue esse intercâmbio”, disse o diretor da DAP.
João Pinheiro da Costa Neto, atual diretor do UCR Santa Izabel V, ajuizou positivamente o apoio da Senappen e a verificação dos protocolos de segurança e do trabalho de reinserção desenvolvidos na unidade. “É muito bom pra gente, pois nosso trabalho de segurança e procedimentos operacionais foi visto de perto. É muito importante termos esse tipo de operação de revistas gerais, com a participação dos grupamentos especiais, pois assim demonstramos força e mostramos para os internos que o Estado está presente e pronto para reagir a qualquer movimento subversivo”, afirma Pinheiro.
Roise Lima adiantou que cada procedimento realizado foi verificado e deverá compor um relatório para a Secretaria Nacional como forma de aprimorar sempre as ações e gestão penitenciária. “Vai gerar um relatório sobre a unidades que estou acompanhando no estado do Pará. Cada representante da Diretoria de Inteligência Penitenciária (DIPEN) confeccionará seu relatório. Essa ação é importante para coibir a criminalidade intramuro, o que acaba afetando extramuro diretamente. É um trabalho conjunto para manter a segurança institucional”, assegura Rosie.
Essa etapa da Operação Mute se estenderá até o 20 de outubro e incluirá, ao longo da semana, outros seis estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Piauí e Santa Catarina. O diretor de Inteligência Penitenciária da SENAPPEN (DIPEN), Abel Barradas, destacou a importância e o ineditismo dessa operação que combina ferramentas de tecnologia com as ações de revistas no interior das unidades prisionais.
“A Operação Mute é a maior em abrangência realizada pela SENAPPEN, pelo número de estados participantes e quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos. A operação foi planejada para ocorrer ao mesmo tempo, e de formar coordenada para interromper, localizar e buscar os aparelhos telefônicos no interior das unidades prisionais. Estou certo de que alcançaremos nosso objetivo de impactar os índices da criminalidade violenta nas ruas, desarticulando as ligações das organizações criminosas e buscando manter a paz aos cidadãos de bem”, concluiu Abel.
Texto: Márcio Sousa / NCS Seap Pará