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Guias de turismo promovem desenvolvimento dos destinos turísticos

Setur trabalha no incentivo, estímulo e formação de novos profissionais para atender à crescente demanda do setor. Atualmente, Pará tem 242 guias

Por Israel Pegado (SETUR)
16/10/2023 11h54

Regulamentada no Brasil desde 1993, a profissão de guia de turismo tem alguns requisitos a serem cumpridos para quem vai exercê-la. Atualmente, o Pará possui 242 guias regulares no Cadastur do Ministério do Turismo (MTur), que atuaram a todo vapor no receptivo do Círio de Nazaré, maior produto cultural e turístico do Estado. E para receber a COP 30, na capital paraense, em novembro de 2025, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) trabalha no incentivo, estímulo e formação de novos profissionais para atender à crescente demanda do setor.

"A qualificação do curso de guia de turismo está no catálogo nacional de cursos técnicos com uma carga horária mínima de 800 horas, guia regional, nacional e América do Sul. Depois tem algumas especializações que você pode fazer, como especialista em atrativos naturais, atrativos culturais ou guia internacional”, explica o turismólogo, mestre em Gestão em Desenvolvimento em Turismo pela Universidade de Aveiro (Portugal) e em seu segundo mandato como presidente do Sindicato dos Guias de Turismo no Pará, Fábio Romero. 

Para atuação como guia de turismo regional, é obrigatório ter concluído o ensino médio e ser maior de 18 anos. A idade mínima sobe para 21 anos para o guia de excursão nacional ou internacional. No caso de excursão internacional, também será obrigatória a comprovação de proficiência ou atestado de fluência em pelo menos uma língua estrangeira. “Dentro do escopo da operação turística temos os atores, como as agências de viagens, as operadoras, as companhias aéreas, as transportadoras e a figura de conexão que é o guia de turismo”, acrescenta Fábio.

Somente neste ano de 2023, já foram entregues 38 novas credenciais de guias de turismo no Estado do Pará. “A Setur possui uma gerência que é a Regional do Ministério do Turismo no Estado, que é a Gerência de Qualificação dos Serviços Turísticos. Essa gerência trabalha com o Cadastur, que é uma plataforma que realiza o cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor turístico. E todas as credenciais são entregues na Setur, salvo as enviadas pelos Correios, quando o profissional é de outro município distante, como Santarém ou Parauapebas.  O cadastro é gratuito e dá ao profissional muitas vantagens”, informa o secretário adjunto da Setur, Lucas Vieira. 

Fábio Romero revela ainda que hoje uma necessidade premente são bons guias regionais e que dominem mais plenamente as operações turísticas na Amazônia. “Hoje temos profissionais que prestam ótimos serviços de city tour em Belém, em Mosqueiro, Icoaraci, mas quando sai um pouco da caixinha, tipo Santarém, Algodoal, aí são poucos que conseguem fazer. Hoje a nossa busca é por guias que dominem essas operações na região amazônica e consigam atender as demandas dos visitantes, das empresas”, conta.

Para o turista é muito importante que a agência de viagem ofereça em seus pacotes a presença do guia de turismo. “É este profissional quem vai repassar todas as informações sobre o destino visitado, propiciar o sucesso da visita ao destino turístico, além de garantir a segurança do turista. Outrossim ele buscará atender com segurança todos os procedimentos exigidos no guiamento e condução de grupos em viagens”, afirma a turismóloga e técnica da Setur, Áurea Stella. 

O turista pode cobrar essa credencial nas agências de viagens, exigindo no contrato cláusulas sobre a presença do profissional, bem como, na apresentação do mesmo ao turista, que seja cobrada a credencial do guia de turismo, pois ela é a garantia de que o profissional é idôneo.

“O guia é o profissional que faz esse elo, te conecta com o ambiente, te explica, e apesar de ter alguns sistemas automatizados, como o turista poder ler uma informação, mas a conexão é feita pelo guia. Quando o turista chega pra fazer um roteiro de 1 hora no Ver-o-Peso, você vai explicar o início da feira, por que leva esse nome, o que é o complexo, o entendimento das comidas típicas, como se conecta emocionalmente com o dia a dia do paraense. A mesma coisa vale em relação ao artesanato, que você vai apresentar as cerâmicas, biojóias, as sementes, as cuias... tudo isso o guia vai explicar, vai conectar a realidade da cidade, neste caso de Belém, da Amazônia, com o turista”, conclui Fábio Romero. 

No Pará, somente 3 instituições de ensino ofertam o curso de Guia de Turismo: Senac, Instituto Federal do Pará (IFPA) e a Escola Técnica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet). A credencial é válida por 5 anos.