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CIIR marca Dia do Terapeuta Ocupacional e Fisioterapeuta com atividades direcionadas

Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, é referência na assistência de média e alta complexidade às pessoas com deficiência

Por Pallmer Barros (CIIR)
13/10/2023 16h25

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, celebra nesta sexta-feira (13), o Dia dos profissionais de Terapia Ocupacional e Fisioterapia, especialidades que são essenciais na reabilitação de Pessoas com Deficiência (PcD) assistidas pela instituição.   

Dentre os diversos planos terapêuticos conduzidos pela Fisioterapia pode-se destacar a Cinesioterapia, “uma ciência que abrange o tratamento dos sistemas neuromusculoesquelético e circulatório, por intermédio do exercício, sendo um importante suporte de reabilitação”, destaca o fisioterapeuta Gladson Aires, que desenvolve a atividade no Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), setor pertencente ao CIIR que atende as deficiências visual, física, auditiva e intelectual. 

Pelo outro lado, um protocolo de terapia intensiva para obter ganhos rápidos na reabilitação de crianças com deficiência destaca-se a utilização de PediaSuit, conduzido pela Terapia Ocupacional, uma vestimenta ortopédica macia e dinâmica que consiste em chapéu, colete calção, joelheiras e calçados adaptados e interligados por bandas elásticas. 

O conceito básico do PediaSuit é o de criar uma unidade de suporte para alinhar o corpo o mais próximo do funcional possível, restabelecendo o correto alinhamento postural e a descarga de peso que são fundamentais na modulação do tônus muscular da função sensorial e vestibular.  O equipamento é o tipo mais moderno de macacão terapêutico ortopédico disponível atualmente no norte do Brasil, quando se refere ao serviço público ofertado à população gerenciado pela Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Para isto, dependendo do diagnóstico, conseguimos obter êxito por meio do fortalecimento de toda a estrutura muscular. Com isso, a criança consegue realizar o movimento de marcha, que é o andar. Mas, para que ocorra os movimentos de deambular (caminhar), precisamos primeiro que fique em pé”, pontua Luiz Mesquita, terapeuta Ocupacional. 

Há cinco anos sendo acompanhada no CIIR passando por diversas terapias que a potencializou, Ana Maria Gomes, de 11 anos, chegou ao momento de utilizar em seu cronograma de reabilitação, a PediaSuit. Diagnosticada com Hidrocefalia e Mielologoncele, a garotinha condiciona a bipedestação, que é a posição ereta apoiada em ambos os pés, além de ser estimulada a cada grupamento muscular diferente.

“A roupa de PediaSuit vai alinhar forçando o corpo a ficar na postura adequada, logo, o macacão utilizado foi pensando com os mesmos moldes dos astronautas de antigamente, tudo em razão do espaço não ter a força da gravidade, que é muito importante para a coordenação motora e postura corporal do ser humano aqui no planeta. Quando o astronauta vai para o espaço, perde-se a densidade muscular. Portanto, a roupa simula essa gravidade forçando o músculo da pessoa a permanecer naquela posição induzido por meio do seu cérebro sem que ela perceba. Desta forma, o corpo vai organizando a postura correta no momento de realizar algum movimento”. 

Segundo o profissional, quando o usuário realizar movimentos inadequados, os elásticos envolvidos na roupa, que são chamados também de tracionadores, irão forçar adequadamente a pessoa a realizar o movimento corretamente e, conforme o tempo, o corpo do reabilitando vai reconhecendo sem perceber, ou seja, fica no automático para o cérebro. 

“A terapia é realizada por meio de um protocolo intensivo com duração de três a quatro horas por dia e, com isso, conquistamos ganhos bem mais rápidos no plano terapêutico dos usuários”, explica Luiz Mesquita.  

A atividade é conduzida por uma equipe multiprofissional que integra ainda, além da Terapia Ocupacional, a Fisioterapia, Enfermagem, Medicina Ortopédica e Nutrição. “Toda vez que a Ana ficar em uma postura inadequada, fisiologicamente, a roupa vai restringir colocando no lugar. Portanto, mesmo parada, ela vai a todo momento sofrer estímulos na musculatura que causam muito esforço sem que ela perceba. Por fazer muito esforço, perde energia e a pressão arterial aumenta, por isso, a importância de ser avaliada pela equipe multiprofissional”, salienta o terapeuta ocupacional. 

Antes de iniciar cada sessão utilizando a PediaSuit, o reabilitando passa por um aquecimento. “Primeiro fazemos uma massagem no corpo do reabilitando preparando-o para receber a roupa. A vestimenta adiciona muitos estímulos, principalmente, proprioceptivos, que é o aperto do corpo justamente para alinhar, ou seja, como se ela estivesse dentro de uma forma para moldá-la. Isso, no início, incomoda, mas no decorrer das sessões, acaba acostumando”, finaliza o profissional. 

Yvens Gomes, de 43 anos, classifica a reabilitação da filha como evolutiva. Antes de iniciar o acompanhamento no CIIR, de acordo com o pai, o andar tão desejado para a família já começa a ser dado aos poucos. 

“Em casa, a gente continua com a dinâmica, claro, sem a Pediasuit. O terapeuta nos ensina um método para estimulá-la a andar e está dando certo. Estou muito feliz com a evolução dela. Graças ao plano terapêutico, agora, a Ana é autônoma, claro, dentro de suas limitações com o ambiente proporcionando acessibilidade”. 

Referência - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço - O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.