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Saúde pública tem centros de referência em Fisioterapia e Terapia Ocupacional

Profissionais atuam para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de problemas relacionados às funções e aos movimentos corporais

Por Carol Menezes (SECOM)
13/10/2023 14h33

Neste dia 13 de outubro, é celebrado o Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, profissionais essenciais para prevenir, diagnosticar e tratar problemas relacionados às funções e aos movimentos do corpo. Eles também avaliam os pacientes buscando identificar alterações nas suas funções práxicas, considerando sua faixa etária e/ou desenvolvimento, sua formação pessoal, familiar e social. A saúde pública do Estado não apenas oferta o atendimento desses profissionais na rede hospitalar, mas também conta com locais referências nesse tipo de atuação: a Unidade de Ensino e Assistência em Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Ueafto) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), e o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR).

A Ueafto funciona no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)/Campus II da Uepa, no bairro do Marco. É habilitada como Centro de Reabilitação tipo III (CER III) e é um espaço de referência para Região Metropolitana de Belém (RMB) em serviços na área da reabilitação de deficiências físicas, auditivas e intelectuais para crianças, jovens e adultos. 

Além do projeto de fisioterapia aquática para pacientes com fibromialgia, a Ueafto oferece serviços que envolvem consultas e acompanhamentos de especialidades para as áreas da fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, serviço social, psiquiatria, neurologia e ortopedia.

Para receberem atendimento, precisam ser encaminhados pela Unidade Básica de Saúde (UBS), com ficha de referência e contra referência APAC (Autorização de Procedimento de Alta Complexidade), para a Ueafto. Devem ainda apresentar, na recepção da unidade, as cópias dos documentos como RG, Certidão de Nascimento, Cartão SUS, comprovante de residência e laudo. Eles serão integrados a uma lista de espera para terem acesso aos serviços.

No mesmo espaço da Ueafto e do CER III funcionam também os Laboratórios de Tecnologia Assistiva (Labta) e o Núcleo de Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade (Nedeta), que oferecem serviços de confecção e consertos de próteses, fisioterapia aquática, integração sensorial, gameterapia, neuropediatria, assim como, também, o Programa Pós-Covid, que oferece acompanhamento de pessoas que já foram infectadas pelo novo Coronavírus (Covid-19). O projeto que é referência regional nesta modalidade de atendimento e funciona como projeto de extensão universitária.

Sheila Alcolumbre é terapeuta ocupacional da Ueafto e conta que todos os atendimentos realizados no complexo são via Sistema Único de Saúde (SUS) e recebe crianças e adultos. "O paciente vem encaminhado de qualquer local do SUS ou pode vir espontaneamente. É cadastrado na unidade e direcionado ao serviço adequado para 20 sessões. Na Fisioterapia temos o setor de traumatoortopedia, de neurologia, fisioterapia respiratória, de ortopedia e mais os diversos programas e projetos de Extensão", enumera.

A aposentada Maria Emília de Assis Coêlho, de 72 anos, é paciente da Ueafto, e procurou atendimento para ter melhor qualidade de vida. "Frequento praticamente desde que inaugurou, é excelente o serviço. No ano de 2022 eu caí e quebrei o pulso e precisei de acompanhamento mais ainda, eu gosto muito de ser acompanhada pelos profissionais de lá, a terapias que faço me ajudam bastante", reconhece.

Já o CIIR é um complexo de atendimentos para a atuação da Terapia Ocupacional e da Fisioterapia. Os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais possuem atuação no CER IV, que é o setor onde são atendidas as quatro linhas de deficiência (intelectual, auditiva, visual e física), no Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea) e na Oficina Ortopédica. 

"No CER IV, os fisioterapeutas atendem mais especificamente na linha física, podendo atender também na reabilitação visual aos pacientes, aos usuários de baixa visão e cegueira. Na linha física é feito o atendimento do desenvolvimento neuropsicomotor nos grupos de estimulação precoce e os atendimentos também nos protocolos de atendimentos intensivos, que são o pediasuit e o therasuit. Além disso, há o projeto Meninos do Rio, de uso de canoagem adaptada, canoa havaiana, kayak e o stand-up paddle", detalha Mariane Vianna, fisioterapeuta e coordenadora da Reabilitação do CIIR. 

"Já o terapeuta ocupacional atende tanto na linha intelectual, quanto na física e visual. Trabalham também no treino de orientação e mobilidade e no treino das atividades de vida diária. Na linha motora, eles fazem o atendimento específico da terapia ocupacional para este público, assim como na linha intelectual, trabalhando os aspectos motores, cognitivos", complementa a gestora.

Ana Clara Nunes é fisioterapeuta, cadeirante e paciente do CIIR. Lá ela faz Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia e atividades esportivas. "Essas terapias têm melhorado minha qualidade de vida, têm me ajudado a melhorar em quesito transferência [da cadeira de rodas], em conseguir fazer as minhas atividades diárias sozinha, em melhorar a minha saúde física e mental, em me propor a praticar um esporte", relata.