Oficinas de cartografia participativa promovem o envolvimento da comunidade na gestão da APA Algodoal-Maiandeua
Ideflor-Bio e UFPA unem esforços para envolver a comunidade e garantir a participação ativa na elaboração do novo Plano de Manejo da Unidade de Conservação
A Área de Proteção Ambiental (APA) Algodoal-Maiandeua, localizada em Maracanã, na região nordeste paraense, passa por um importante processo de renovação do seu Plano de Manejo. Com o objetivo de envolver a comunidade local e garantir a participação ativa dos moradores na construção desse documento estratégico, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), promoveram uma série de oficinas de cartografia participativa.
As oficinas, realizadas nas comunidades de Mocooca, Fortalezinha, Camboinha e Algodoal, tiveram o intuito de fornecer informações e ferramentas para que os moradores possam contribuir com a atualização do Plano de Manejo da APA Algodoal-Maiandeua. Através da cartografia participativa, os participantes ajudam a mapear e identificar os recursos naturais, as áreas de uso tradicional, as necessidades e as potencialidades da região.
A cartografia participativa é uma metodologia que busca promover o diálogo entre os conhecimentos científicos e tradicionais, valorizando o saber local e a experiência das comunidades. Durante as oficinas, os moradores foram convidados a compartilhar suas percepções sobre o território, indicando locais de relevância cultural, áreas de pesca e mariscagem, pontos turísticos, entre outros aspectos que são fundamentais para a gestão e conservação da APA Algodoal-Maiandeua.
Métodos - Para garantir a qualidade e a precisão das informações coletadas, a equipe do Ideflor-Bio e da UFPA forneceram orientações técnicas e metodológicas aos participantes. Além disso, foram utilizadas tecnologias de mapeamento participativo, como o uso de GPS e softwares específicos, para auxiliar na construção dos mapas e na organização dos dados.
De acordo com a gerente da Região Administrativa do Nordeste, Raimunda Araújo, a participação da comunidade nas oficinas de cartografia participativa foi essencial para a construção de um Plano de Manejo mais democrático e representativo. “Os moradores, que possuem um conhecimento profundo do território e das dinâmicas locais, puderam contribuir de forma significativa, fornecendo informações valiosas que muitas vezes não são contempladas apenas por estudos científicos”, afirmou.
Além da participação da comunidade local, as oficinas também contaram com a presença de representantes de associações, organizações não governamentais e demais instituições envolvidas com a gestão da APA Algodoal-Maiandeua. Essa integração entre diferentes atores sociais é fundamental para fortalecer o processo de construção coletiva do novo Plano de Manejo, garantindo a diversidade de perspectivas e a busca por soluções mais efetivas para a proteção e conservação da Unidade de Conservação.
“A renovação do Plano de Manejo da APA Algodoal-Maiandeua, por meio das oficinas de cartografia participativa, reforça o compromisso do Ideflor-Bio e da UFPA com a gestão participativa e a valorização dos conhecimentos tradicionais. Através desse processo, busca-se a construção de um plano mais inclusivo e atualizado, capaz de promover a conservação dos recursos naturais, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das comunidades que vivem na região”, complementou Raimunda Araújo.
O Ideflor-Bio e a UFPA seguem trabalhando em conjunto para consolidar as informações coletadas nas oficinas e finalizar o novo Plano de Manejo da APA Algodoal-Maiandeua. A expectativa é que esse documento seja um instrumento efetivo para a gestão da Unidade de Conservação, promovendo a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais e a valorização das tradições e do conhecimento local.