Hospital Metropolitano atende mais de 200 romeiros na BR-316, em Ananindeua

Após sofrer um infarto há quatro anos, Ruth Helena, de 74 anos, veio de ônibus de Benevides, Região Metropolitana de Belém, para acompanhar a passagem da imagem de Nossa Senhora de Nazaré na BR-316, que, segundo ela, é o ponto mais próximo dentro das limitações ainda enfrentadas.

“Eu vim agradecer à Nossa Senhora de Nazaré por poder voltar a andar, ainda que com muletas. Eu posso falar, fiquei com poucas sequelas. Essa é a primeira vez que venho ver a Santa depois de quatro anos. Só dá para ver a passagem daqui, mas, mesmo assim, sou muito grata e feliz. Agradeço a Ela pela minha vida”, disse a idosa.

Ruth está entre os mais de 200 romeiros atendidos no ponto de acolhimento montado pelo Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) para prestar assistência às pessoas que vêm caminhando de outros municípios acompanhar o Círio.

Vindos de Capanema, nordeste paraense, Flávio Augusto e Maria Heloana também foram acolhidos pelos profissionais da unidade hospitalar, que pertence à rede de saúde do Governo do Pará e é gerida pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH).

“Cumprimos essa promessa pela vida do nosso filho, que passou por complicações ao nascer. Foi um alívio chegar aqui e receber esse apoio, que dá ainda mais força para continuar na caminhada junto ao propósito final. Muito obrigada!”, disse Maria Heloana.

História com a festividade religiosa - Esse é o décimo primeiro ano que o Hospital Metropolitano atua no Círio com o posto na BR-316 reunindo pesquisadores, profissionais e residentes da área da saúde, selecionados pelo Departamento de Ensino e Pesquisa (DEP) da unidade.

“Dentro do HMUE, o lema é salvar vidas e essa ação reflete justamente a missão da unidade. No caso dos romeiros, o trabalho é fazer com que eles concluam suas promessas com saúde, minimizando as dores na jornada de cada promessa”, pontuou o diretor-assistencial da unidade, Clóvis Guse.

No espaço, os romeiros passaram por verificação de pressão arterial, glicemia e avaliação de lesões nos membros inferiores. As equipes revezaram na preparação de curativos, aplicação de medicamentos, massagens, além de fornecer água e lanches para que eles concluam com êxito a caminhada. 

Mais ações - Acompanhados por equipe multiprofissional, ainda para celebrar o Círio, diversos pacientes internados puderam ver a passagem da imagem da Santa na BR-316. Antes disso, todos participaram da oficina “Customize o seu cartaz”, realizada pelo comitê de humanização do hospital.

Internada há um mês com o marido, Valdinete Lopes, 66, participou da oficina e comemorou. “Muito feliz por ter a oportunidade de participar da ação e também ver a passagem de Nossa Senhora. Eu não esperava e foi uma grata surpresa”, disse.

Dentro do HMUE, essa é uma das ações pensadas para fortalecer e humanizar as relações. “Fizemos a triagem a partir dos pacientes que demonstraram interesse em participar da oficina e que também foram avaliados pela equipe multiprofissional do Hospital. Entendemos que oportunizar esses momentos, que aproxima o paciente da realidade vivenciada antes da internação, coopera positivamente para uma melhora ainda mais rápidas”, comenta Roberta Cardins, supervisora do Serviço de Atenção ao Usuário (SAU) do HMUE.

Referência - O Hospital Metropolitano é referência no tratamento de média e alta complexidade, em traumas e queimados, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A unidade dispõe de 228 leitos operacionais nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria, cirurgia plástica exclusiva para pacientes vítimas de queimaduras e leitos de UTI.

O Metropolitano recebe pacientes da Região Metropolitana de Belém, dos diferentes municípios do Pará e também de outros Estados. Em 2022, realizou mais de meio milhão de atendimentos, entre internações, cirurgias, exames laboratoriais e por imagem, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais.